A Sesa (secretaria de Estado da Saúde) divulgou recentemente Nota Orientativa 01/2023 – “Chikungunya – Orientações para manejo de gestantes e recém-nascidos no Estado do Paraná”. O documento traz orientações quanto a procedimentos em pacientes com suspeita ou confirmação da doença e, também, os principais cuidados em relação à transmissão materno-fetal e ao recém-nascido. De acordo com dados do boletim epidemiológico da dengue divulgado na terça-feira (21), o Paraná registra 43 confirmações da chikungunya. A maioria está no município de Foz do Iguaçu (15), que faz divisa com o Paraguai.

A Sesa vem tomando medidas e desenvolvendo ações para o enfrentamento da chikungunya desde o início de fevereiro, quando o Ministério da Saúde e Bem-Estar Social do Paraguai confirmou um surto da doença. No primeiro bimestre de 2023 foram registrados no país vizinho mais de 28 mil casos da doença na população geral, sendo 258 em gestantes, 315 lactantes e 51 em recém-nascidos.

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No Paraná, no dia 3 de fevereiro, houve a primeira confirmação de caso autóctone (quando a contaminação é local) em Pato Branco (Sudoeste).

“Ao serem infectados, gestantes e recém-nascidos pode facilmente evoluir para casos mais graves da doença, o que alerta para um cuidado e tratamento. Por meio dessa nota técnica será possível alertar e direcionar os profissionais de saúde quanto ao tratamento correto em caso de confirmação da doença neste público”, disse o secretário de Estado da Saúde, César Neves.

Um dos pontos abordados na nota é a indicação de internamento prolongado aos recém-nascidos de mães diagnosticadas com a doença no período periparto. A orientação é de sete dias de internamento para bebês com sinais e sintomas, além de exame laboratorial para detecção da doença.

Já para recém-nascidos assintomáticos, prioriza-se a consulta precoce na Atenção Primária à Saúde após a alta hospitalar.

De acordo com a chefe da Divisão de Atenção à Saúde da Mulher, Carolina Poliquese, a elaboração da nota leva em conta a gravidade dos casos em recém-nascidos. “Além de possibilitar a organização e a resposta rápida no atendimento de gestantes com chikungunya, o documento prioriza a prevenção da mortalidade infantil, devido ao quadro grave da doença em recém-nascidos de gestantes que apresentem sinais e sintomas próximo ao parto e nascimento”, explicou.

A nota foi elaborada de forma conjunta com o Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do Paraná, Organização Mundial da Saúde, Ministério da Saúde), Laboratório Central do Estado e ainda é passível de mudanças. (Com informações da AEN)

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