Trabalhadores ameaçam nova greve no transporte coletivo

O Sinttrol (Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Rodoviário de Londrina e Região) comunicou que os funcionários podem cruzar os braços mais uma vez se as empresas que administram o transporte coletivo em Londrina, a TCGL (Transportes Coletivos Grande Londrina) e a Londrisul, não atenderem as reivindicações salariais, principalmente a data base de janeiro.

Esse foi o assunto de uma reunião realizada na última segunda-feira (24) entre as duas partes e a CMTU (Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização), que representa a prefeitura gerenciando o sistema.

De acordo com a ata do encontro, diretores das empresas alegaram dificuldades financeiras para atender o pleito dos trabalhadores. Eles ressaltaram que “a situação é dramática” e “necessitam de constante injeção de recursos externos”. A saída seria um aporte da administração municipal para tentar reduzir o déficit. Um representante da CMTU informou que “o repasse financeiro de reequilíbrio ainda está pendente, mas que os valores estão definidos”.

O documento, no entanto, não revela o montante financeiro que deve ser repassado. Segundo o presidente do Sinttrol, José Faleiros, “a proposta das empresas representa um retrocesso para os trabalhadores”. O sindicato vai se sentar com a Londrisul e a TCGL na próxima sexta-feira (28), a partir das 14h, para chegar a um acordo. “Do jeito que está, pode ter greve na semana que vem”, disse.

Em abril, os funcionários fizeram uma greve de cinco dias por atraso no pagamento dos salários de março. As empresas entraram em consenso com o Sinttrol e depositaram os vencimentos, o vale-alimentação e se comprometeram a não descontar os dias que eles ficaram parados.

Faleiros quer a presença do prefeito Marcelo Belinati na mesa de negociações. “Estamos preocupados com o que pode acontecer”, admitiu. Procurada, a assessoria de imprensa da CMTU informou que não iria se manifestar porque não interfere na relação entre empregado e empregador.