Após três anos, Londrina volta a enfrentar uma epidemia de dengue. Segundo a secretaria municipal de Saúde, o atual cenário deixa a cidade tecnicamente nesta situação, em que o problema se espalha acima do esperado e sem uma delimitação geográfica. “Os critérios técnicos que nos colocariam (em epidemia) seriam 1.500 casos confirmados, o que seguramente já passamos”, afirmou o responsável pela pasta, Felippe Machado.

O último informe do município sobre positivações, divulgado na semana passada, apontou para 1.166 pessoas diagnosticadas com a doença. “Tivemos vários dias de chuva em fevereiro e março, agora o tempo está quente e soma-se a isso a falta de conscientização das pessoas, em olhar o quintal de casa e incentivar os vizinhos a fazerem o mesmo”, apontou.

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No sábado (1º), a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do jardim Sabará, na zona oeste, registrou um novo recorde de atendimentos num único dia desde a inauguração, em 2014: 928 pessoas. Somando o sábado com o domingo foram 1.725 pacientes que passaram por consulta médica. Desde quarta-feira(29) a unidade tem funcionando exclusivamente para casos confirmados ou suspeitos de dengue.

“Uma UPA do porte que temos atende, em média, de 380 a 400 pessoas, quando muito. Reforçamos a equipe médica, de enfermagem, retaguarda de insumos, alteramos processos de trabalho, deixamos motorista exclusivo para fazer translado. A tendência é que os números se mantenham altos na próxima semana”, alertou.

Imagem ilustrativa da imagem Saúde trata cenário da dengue em Londrina como epidemia
| Foto: Gustavo Carneiro

Mapa da secretaria de Saúde mostra que o conjunto Chefe Newton, na zona norte, e o jardim Macaranã, na oeste, estão com incidência elevada de notificações da dengue. Estão com incidência crescente os jardins Padovani e Cabo Frio e os conjuntos Vivi Xavier e Aquiles Stenghel, todos na região norte, além do Guanabara, na sul. De acordo com a Saúde, a incidência de casos será divulgada todas as sextas-feiras.

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| Foto: Secretaria municipal de Saúde

No fim de semana foi realizado um mutirão de limpeza para eliminar focos do mosquito Aedes aegypti no jardim Paraty, zona norte. Neste sábado (8) a ação deve se repetir em outras localidades. “Devemos permanecer na zona norte, onde a situação está bem complicada, e mais alguns bairros da região oeste, que começam a preocupar. Talvez tenhamos que dividir as equipes para avançar em duas regiões ao mesmo tempo”, projetou Machado.

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