A Secretaria Municipal de Saúde de Londrina começou nesta semana as ações de campo do 3º Liraa (Levantamento Rápido de Infestação do Aedes aegypti) de 2021. Trata-se de um instrumento que possibilita um diagnóstico para planejamentos de combate, prevenção e controle da dengue, zika vírus e chikungunya, doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. A previsão é inspecionar cerca de 10 mil imóveis, paralelamente, em todas as regiões da área urbana do município. As vistorias devem ser concluídas até o final da próxima semana, em locais sorteados via sistema do Ministério da Saúde.

Imagem ilustrativa da imagem Saúde realiza levantamento de infestação de Aedes em Londrina
| Foto: Cadu Rolim/ Fotoarena/ Folhapress

Ao todo, 48 equipes de endemias da Saúde são responsáveis por realizar as visitas, que incluem residências, comércios e terrenos baldios. Nesses espaços, é feita a coleta de todas as amostras de larvas encontradas em locais que acumulam água parada. Posteriormente, os materiais recolhidos são encaminhados para análises laboratoriais e sistematização dos dados. A atuação ocorre apenas nas áreas de quintais, e todos os cuidados são mantidos, como uso de máscara, álcool gel e distanciamento adequado.

Por causa do trabalho do Liraa, a secretaria avisa que neste período ficam suspensas as visitas regulares para limpeza e eliminação de focos e criadouros. No entanto, continuam sendo realizados outros trabalhos permanentes, como visitas quinzenais em pontos estratégicos como barracões de reciclagem e imóveis de ferro-velho.

O coordenador de Controle de Endemias, da SMS, Nino Ribas, informou que após a conclusão dos trabalhos a secretaria divulga os números detalhadamente, listando os índices por região da cidade (norte, sul, leste, oeste e central), e apontando os bairros com alto risco. “O estudo é utilizado para nortear o planejamento de ações e estratégias específicas de combate ao Aedes nas áreas com maior índice de infestação. Dentre outras medidas, as áreas mais afetadas recebem prioridade nas práticas de enfrentamento, a fim de evitar a proliferação do vetor”, disse.

PANDEMIA

Em 2021, as atividades do primeiro levantamento foram suspensas por conta da pandemia de Covid-19, após recomendação do Ministério da Saúde. O segundo levantamento foi uma amostragem. Em período normais, os trabalhos sempre ocorreram regularmente, desenvolvidos a cada trimestre, ou seja, com quatro levantamentos por ano. Conforme preconiza o Ministério da Saúde, o índice satisfatório do Liraa é abaixo de 1%. De 1% a 3,9% considera-se situação de alerta e, acima de 4%, passa a ser considerado risco de epidemia de dengue.

ATUALIZAÇÃO

A secretaria divulgou, na quinta-feira (10) relatório com números atualizados da doença. Desde janeiro foram registradas 15.590 notificações, totalizando 5.305 casos confirmados. Outros 6.241 foram descartados, após análises laboratoriais, e 3.787 estão sendo investigados em laboratório. Com relação a óbitos, Londrina tem oito decorrentes da dengue.

FUMACÊ

A Saúde encerrou, no dia 5 de junho, a terceira fase de aplicação de inseticida, via “fumacê”, para eliminar o Aedes aegypti. Foram percorridos mais 868 quarteirões em 27 bairros nas áreas norte, leste, oeste e central. O objetivo foi reduzir a circulação do mosquito e, consequentemente, a proliferação da doença no município, com prioridade nos bairros que estão com maiores índices de infestação. Antes disso, em duas etapas anteriores, foram atendidos 109 bairros em todas as regiões.

DENÚNCIA

Denúncia relacionada à dengue ou a outros problemas envolvendo endemias pode ser feitas para o Disque-Dengue no número 0800-400-1893, que funciona de segunda a sexta, das 8h às 17h. (Com informações do N.Com)

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