A secretaria municipal de Saúde espera começar a reforma da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Jardim do Sol, na zona oeste de Londrina, em até dois meses. A confecção do laudo para apontar a situação do prédio já foi licitada e a expectativa é lançar nos próximos dias o edital para contratar uma terceirizada para as obras de reforço estrutural da unidade, que foi inaugurada em 2015.

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O secretário de Saúde, Felippe Machado, explicou que as intervenções foram divididas em duas etapas. “A primeira parte é o reforço estrutural e de fundação, que foi o que provocou rachaduras e dilações de paredes e teto. A outra parte engloba a pintura, substituição dos móveis, equipamentos, reforma hidráulica, elétrica, uma manutenção geral. Vamos começar pela estrutural e concomitantemente avançando nessa outra parte”, explicou.

O município vai tentar realizar os trabalhos de manutenção com um contrato já vigente, no entanto, se não for possível também fará um certame para as ações de revitalização. Entre os serviços previstos estão a adequação de ambientes de espera dos pacientes atendidos e que aguardam resultados de exames, com o intuito de melhorar o fluxo.

A estimativa é que a obra custe, no total, cerca de R$ 6,7 milhões, quase o dobro do que foi investido na construção da unidade. “É um valor que estimamos a partir de uma obra licitada recentemente, em que pegamos o valor do metro quadrado da reforma vezes a metragem da UPA”, explicou. A unidade tem 2.100 metros quadrados. O poder público municipal tem buscado recursos junto às esferas estadual e federal. “Se não captarmos recursos, faremos com nosso orçamento próprio”, garantiu.

ATENDIMENTOS DIVIDIDOS

A reforma deve durar de dez a doze meses, período em que a UPA terá que ficar fechada. Durante este tempo, os atendimentos serão divididos entre o PA (Pronto Atendimento) do Leonor e a Unidade de Pronto Atendimento do Sabará. A secretaria ainda tem analisado uma terceira alternativa, para montar um espaço para receber as pessoas classificadas como urgência e emergência de menor complexidade. Cerca de 350 pacientes são atendidos por dia no local.

HISTÓRICO

A estrutura da unidade do Jardim do Sol apresentou as primeiras rachaduras em 2016, após uma forte chuva. No final do ano passado, a Defesa Civil emitiu um laudo em que listou uma série de problemas, como afundamentos nas calçadas ao redor do prédio, “o que ocasiona abertura para infiltração de água”, além de trincas, fissuras e sinais de mofo.

O ponto considerado mais preocupante foi o corredor que dá acesso à ala psiquiátrica. No documento, o órgão alertou sobre a necessidade de medidas “para garantir que os problemas encontrados sejam resolvidos o mais rápido possível”. “Não é um prédio antigo, mas está bem deteriorado. Andando pelos espaços dá para ver várias rachaduras, umas grandes. Dá até medo”, relatou uma paciente, que preferiu não ter o nome divulgado.

PRONTOS ATENDIMENTOS

A prefeitura está finalizando o orçamento para licitar a construção dos novos prontos atendimentos 24 horas nas regiões norte, sul e leste da cidade. No mêspassado foi assinado o convênio com a Sesa (Secretaria de Estado da Saúde) –que vai liberar parte do dinheiro - para edificação dos prédios. “Vamos colocar as três unidades no mesmo certame, mas em lotes diferentes, para que não fique todas as obras para a mesma empresa”, detalhou Machado.

Na região leste, o pronto atendimento ficará na rua João Stringheta, em frente a alguns prédios, nas proximidades da UTFPR (Universidade Tecnológica Federal do Paraná). A unidade de saúde da zona sul vai ocupar um terreno na avenida Guilherme de Almeida, 2.260, ao lado da recém-construída capela mortuária. Na zona norte será no final da avenida Saul Elkind, em uma área depois da entrada do jardim São Jorge.

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