Curitiba - A Secretaria da Saúde do Paraná acompanhará estratégia do Programa Nacional de Imunizações e vai promover de 5 a 30 de outubro as campanhas de Multivacinação e de Vacinação contra a Poliomielite, dirigidas a crianças e adolescentes. A Vigilância Epidemiológica e a Atenção Primária articularão junto às 22 Regionais de Saúde e às secretarias municipais de Saúde visando atualizar a caderneta de vacinação e assim melhorar as coberturas vacinais e manter controladas, eliminadas ou erradicadas várias doenças, como meningite, sarampo, caxumba, rubéola, coqueluche, diarreia por rotavírus, difteria, tétano, hepatites, febre amarela e HPV, vírus que pode provocar o câncer entre os jovens.

Imagem ilustrativa da imagem Saúde prepara campanha de multivacinação no Paraná
| Foto: Tomaz Silva - Agência Brasil

Ao todo são ofertadas 14 vacinas na Multivacinação para crianças e adolescentes menores de 15 anos, além da vacina contra a poliomielite (VOP) para crianças a partir de 12 meses e menores de 5 anos de idade.

A meta contra poliomielite é atingir 95% de cobertura vacinal, considerando uma população estimada de 583.962 crianças a serem imunizadas no Paraná. A estratégia para esta vacina será indiscriminada na faixa de 12 meses a 4 anos, 11 meses e 29 dias de idade. A vacina utilizada será oral, com duas gotas para cada criança. No ano passado, o Estado registrou 88,4% de cobertura vacinal contra a pólio e, neste ano, até o momento, atinge cerca de 71%.

Entre as principais vacinas que constam da Multivacinação está a meningo C, que protege contra a meningite do tipo C, e que no ano passado atingiu 91,23% de cobertura; a vacina tríplice viral, que imuniza contra sarampo, caxumba e rubéola, que atingiu 90,57%; a vacina pneumocócica 10, que protege contra pneumonias, meningites e otites, chegou 90,82% de cobertura em 2019; a BCG, que imuniza contra a tuberculose, atingiu 88,66%; a rotavírus , que protege contra a diarreia e que chegou a 89,23% da cobertura e a vacina pentavalente, que protege contra a meningite, tétano, coqueluche, difteria e hepatite B, atingiu em 2019 cerca de 78% de cobertura.

“Desde 2012, o Ministério da Saúde promove esta campanha mas, neste ano, com a Covid-19, o apelo é ainda maior: os pais devem levar os filhos para a atualização das vacinas que são seguras e salvam vidas”, afirma o secretário estadual de Saúde, Beto Preto.

“A estratégia consiste em oportunizar um único momento no qual são oferecidas à população-alvo as várias vacinas, facilitando assim o acesso das famílias, garantindo a imunização”, explica a diretora de Atenção e Vigilância em Saúde da Sesa, Maria Goretti David Lopes. “Os municípios estarão abastecidos e, desde já, devem preparar logísticas de parcerias para a vacinação extramuros, em locais amplos e arejados para se evitar aglomerações e seguindo as recomendações do Ministério da Saúde e da Sesa para proteção da Covid-19”, acrescenta.

A Sesa orienta ainda que seja realizada a busca ativa do público indicado no decorrer da campanha. “Como algumas vacinas estão acondicionadas em frascos com maior número de doses é preciso mapear e identificar antecipadamente as crianças e adolescentes para não haver perda e consequente desabastecimento”, destacou a chefe da Divisão de Vigilância do Programa Estadual de Imunização da Sesa, Vera Rita da Maia.

“Os índices de cobertura vacinal caíram em todo país nos últimos anos, colocando em alerta os profissionais da saúde. A erradicação de algumas doenças trouxe a falsa ideia do desaparecimento total e para sempre destes agravos; tivemos no ano passado o exemplo do sarampo, que voltou a registrar casos aqui no Paraná depois de 20 anos sem ocorrências”, relatou a chefe do Programa Estadual de Imunização.