O secretário municipal de Saúde de Londrina, Felippe Machado, confirmou mais duas mortes por dengue na tarde desta quinta-feira (27). São duas mulheres, sendo uma de 76 anos, do conjunto Novo Amparo (zona norte), que tinha comorbidades: obesidade e arritmia. A morte ocorreu no dia de abril. A segunda vítima tinha 44 anos e morava no jardim Santiago (zona oeste). Ela não possuía comorbidades e faleceu no dia 6 de abril. Desde o início do ano, Londrina acumula dez óbitos.

De acordo com o boletim semanal divulgado pela Saúde nesta tarde, o município acumula 31.731 notificações da doença, sendo 6.812 confirmações - na semana passada eram 4.370 casos positivos. Prosseguem em análise 21.052 casos, enquanto 3.867 foram descartados para o diagnóstico de dengue. O município enfrenta uma epidemia da doença.

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Com relação aos bairros, os jardins Maracanã e Tóquio, na zona oeste, apresentam incidência elevada de casos. Outras localidades, de acordo com a Saúde, têm incidência crescente da doença: Cafezal e Ouro Branco (zona sul), Armindo Guazzi (zona leste), Centro, Alvorada, Bandeirantes, Santa Rita, Santiago e Jardim do Sol (zona oeste), Cabo Frio, Ruy Virmond Carnascialli, Chefe Newton, Parigot de Souza, Vivi Xavier, Maria Cecília e Aquiles Stenguel (zona norte).

MUTIRÃO

Os agentes de controle de Endemias da secretaria seguem atuando para conter a proliferação do mosquito Aedes aegypti, que transmite a dengue e outras doenças. E, neste sábado (29), caso o tempo fique estável, estão programadas novas medidas em todas as regiões da cidade, a serem conduzidas das 7h30 às 13h30.

De acordo com o coordenador de Controle de Endemias, Nino Ribas, os trabalhos incluem a visita a pontos estratégicos e o atendimento das denúncias registradas pela população no Disque Dengue (0800-400-1893). Nessas ações de campo, os agentes aplicarão o inseticida utilizando UBV Costal, nos locais que registraram o maior número de notificações por dengue nesta semana. “Também faremos o atendimento de casos suspeitos de arboviroses, realizando busca de novos sintomáticos e eliminações de possíveis criadouros”, complementou.

PREOCUPANTE

“Ainda temos observado um crescimento muito acelerado de novos casos, o que é muito preocupante. Por isso, reforçamos o apelo para que todo morador cumpra seu papel enquanto cidadão, eliminando dos seus imóveis qualquer objeto que possa ser um criadouro, que acumule água. Mais de 90% dos focos identificados do mosquito transmissor estão dentro das casas, e essa medida simples, se feita ao menos uma vez por semana, impede a proliferação do mosquito e, consequentemente, o avanço da dengue”, ressaltou o secretário.

UNIDADES DE REFERÊNCIA

Em Londrina, estão em funcionamento as unidades de saúde para atendimentos exclusivos de suspeita ou confirmação da dengue. São as unidades básicas de saúde do Maria Cecília e Vivi Xavier (zona norte), Ideal (leste), Ouro Branco (sul) e Santiago (oeste), que funcionam das 7h às 22h, de segunda a sexta-feira, e das 7h às 19h, no sábado. A UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do jardim Sabará (zona oeste) também segue apenas para a dengue, diariamente, durante 24 horas

DISQUE DENGUE

A Saúde disponibiliza o Disque Dengue (0800-400-1893, para que a população possa fazer denúncias de imóveis ou áreas suspeitas de terem focos do mosquito Aedes aegypti, como terrenos baldios ou ambientes que possam facilitar a proliferação do vetor. As denúncias podem ser feitas de segunda a sexta, das 8 às 17h. Também é denunciar por meio do endereço eletrônico https://sisvas.londrina.pr.gov.br/index.php/denuncias, a qualquer hora

15 MINUTOS

A secretaria orienta que cada família dedique, pelo menos, 15 minutos de seu tempo, uma vez por semana, para vistoriar sua casa e quintal, verificando se há objetos que podem acumular água. Os itens devem ser removidos e descartados em sacos plásticos para a coleta seletiva ou para o recolhimento pelo caminhão de lixo. Com uma ação semanal, é possível impedir que ovos, larvas e pupas do mosquito cheguem à fase adulta, freando a transmissão das doenças provocadas pelo Aedes, como a dengue, zika e chikungunya. (Com informações do N.Com)

(Atualizada)