Sanepar não poderá cobrar taxa mínima e terá que pagar impostos
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quinta-feira, 10 de maio de 2001
Érika PelegrinoDe Londrina
A Câmara de Londrina aprovou ontem o projeto de lei que proíbe a Sanepar de cobrar taxa mínima e a obriga a fazer a cobrança apenas da quantidade consumida pelo usuário. Hoje toda a população paga no mínimo R$ 10,25 de água, o que corresponde ao consumo de 10 metros cúbicos.
Segundo o autor do projeto, vereador Orlando Bonilha, grande parte da população não gasta esta quantidade de água. Não tenho um percentual exato, mas pessoas que moram sozinhas ou aposentados consomem muito menos, diz.
O projeto aprovado revoga também o artigo 8 da Lei 2.337, que isenta a Sanepar de pagar impostos ao município. O vereador afirma que também não sabe dizer quanto Londrina deixa de receber com o benefício concedido à empresa quando se instalou na cidade, em 1973. Quarenta por cento das ações da Sanepar pertencem a grupos empresariais, inclusive um francês. Não é justo que o dinheiro que estes grupos ganham aqui não retorne em nada para o município, diz.
Bonilha compara o preço da água cobrado por empresa municipal de Ibiporã com o da Sanepar. Dez metros cúbicos em Ibiporã custam R$ 6,85 e em Londrina R$ 10,25. A água de Londrina é de boa qualidade, mas é muito cara.