Imagem ilustrativa da imagem Sábado musical no Calçadão
| Foto: Micaela Orikasa / Grupo FOLHA

As escadas do Cine Teatro Ouro Verde, no Calçadão de Londrina, foram palco para os alunos do projeto Oficina de Choro de Londrina. Quem passou pelo centro da cidade no sábado (7) de manhã, teve um verdadeiro encontro com a música.

A apresentação aberta ao público faz parte do calendário festivo de fim de ano e do aniversário de 85 anos de Londrina, que será comemorado na terça-feira, dia 10 de dezembro. “Transforma o clima. Isso podia acontecer o ano todo e não só nessa época”, comentou a professora Ana Paula do Nascimento, que apreciava o show na companhia dos dois filhos.

No repertório, o grupo trouxe diversos ritmos do choro, desde o maxixe ao baião. “O choro é rico em variação rítmica”, explicou a produtora da oficina, Marina Bigardi. Apesar da oficina existir há sete anos na cidade, o músico e professor Guilherme Araújo Vilela, conta que ele “acontecia de forma voluntária e informal.”

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| Foto: Micaela Orikasa / Grupo FOLHA

Com o patrocínio do Promic (Programa Municipal de Incentivo a Cultura), da Secretaria Municipal de Cultura, em 2019, as aulas ganharam constância. De março a dezembro, cerca de 35 alunos se reuniram todas as terças-feiras nas dependências do Colégio Estadual José de Anchieta (região central) para aprender gratuitamente, diferentes instrumentos.

Bigardi explica que para participar, os interessados em aprender violão, cavaco e percussão não precisam ter nenhum nível de conhecimento musical, enquanto que para outras modalidades é preciso ter no mínimo um saber básico.

Na apresentação deste sábado, quem apreciava os músicos tocando não imaginava, por exemplo, que Hélio Ferracini, 64, nunca tinha tocado um pandeiro de verdade antes da oficina. “O pandeiro é um instrumento diferenciado. Ele chama a atenção de todos”, justificou. Ferracini participou das aulas ao lado da esposa Lucia, 55, que já toca piano e aprendeu o cavaco através do projeto.

Felipe Campo Cavazotti Silva, 7: "Quando eu toco, eu sinto uma coisa boa".
Felipe Campo Cavazotti Silva, 7: "Quando eu toco, eu sinto uma coisa boa". | Foto: Micaela Orikasa / Grupo FOLHA

Quem também ganhava a atenção do público era Felipe Campo Cavazotti Silva, de 7 anos. Ele estava com um pandeiro adaptado para a idade e revelou de onde vinha tamanho talento. “Uma vez, fui ver minha mãe tocar violino e percebi que não tinha ninguém tocando pandeiro. Quando eu toco, eu sinto uma coisa boa. É uma sensação de estar fortalecendo minhas mãos e o coração bate mais rápido”, disse. A mãe de Felipe, Priscila Campos, também participou da oficina aprimorando o conhecimento no violino.

Encontro inusitado

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Outra atração à parte neste sábado foi a Banda Marcial Marcelino Champagnat. A passagem da banda trouxe um colorido a mais pelo Calçadão e também ganhou a atenção da população. Os alunos da Oficina de Choro de Londrina deram uma pausa um pouco maior entre uma música e outra para apreciar a apresentação.

A Banda Marcial do Colégio Marcelino Champagnat foi fundada em 1969 e já conquistou diversos títulos em competições nacionais e estaduais na categoria de bandas marciais.

Serviço: A Oficina de Choro de Londrina 2020 acontecerá a partir de março, das 19h às 22h, todas as terças-feiras, no Colégio Estadual José de Anchieta. Mais informações e inscrições através do e-mail [email protected]. As aulas são gratuitas.