Nesta segunda-feira (4) pouco antes das 10h, horário imposto para a abertura do comércio em Londrina, o movimento no Calçadão já era significativo. Além de muitos carros circulando pelas ruas em comparação às últimas semanas, muitas pessoas transitavam pelo centro da cidade e comerciantes se preparavam para abrir as portas.

Imagem ilustrativa da imagem Ruas de Londrina têm maior movimento nesta segunda-feira
| Foto: Micaela Orikasa/Grupo FOLHA

A FOLHA foi acompanhar o movimento nesta manhã e observou filas em todas as agências bancárias e, apesar do uso de máscaras, poucos respeitavam o distanciamento mínimo de um metro. Em uma delas, funcionários se encarregaram de controlar o fluxo de clientes e chegaram a marcar lugares no chão para que todos aguardassem a uma distância recomendada.

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Filas também se formaram em frente às lojas, especialmente as de departamento e eletrodomésticos. A diarista Gisele Fernandes que mora no Parque Ouro Branco, na zona sul, acordou cedo para ir ao banco e buscar um cartão de compras em uma loja no Calçadão.

"A gente escuta muita coisa em relação ao coronavírus. Em Londrina, até onde eu sei, os hospitais não estão comprometidos. Isso significa que a doença está controlada e dessa forma, não vejo problema nenhum o comércio estar funcionando", opinou. Ela é diarista e lamentou estar sem trabalhar há um mês.

A vendedora de calçados Edna Celestino dos Santos, compartilha da mesma opinião, mas ressalta que a população deve ter bom senso. "Cada um tem que seguir as recomendações e vejo que tem muita gente passeando à toa", comentou enquanto aguardava a abertura da loja.

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| Foto: Micaela Orikasa/Grupo FOLHA

Para a vendedora, o movimento está sendo retomado aos poucos. "Acho que hoje o movimento será mais intenso, pois estou vendo muita gente nas ruas. Vai demorar um pouco para melhorar as vendas, mas confesso que estou bem afim de trabalhar", disse.

Na rua Sergipe, uma das mais importantes vias comerciais de Londrina, alguns estabelecimentos apostaram em liquidações de até 50% para atrair os consumidores. Em frente a uma loja de roupas, cadeiras foram colocadas na calçada para que os clientes pudessem aguardar sentados e distantes uns dos outros.

Outros comerciantes, lacraram as entradas para poder controlar o fluxo de clientes e em outras, um funcionário ficava à porta para fazer a higiene das mãos dos frequentadores com álcool gel.

Muitos vendedores informais também estavam nas ruas. Muitos deles, comercializando máscaras de contenção (tecido). Viaturas da Guarda Municipal e Polícia Militar também circularam pelo Calçadão.