Serão de 55 a 60 vagas entre a rua Pará e Sergipe
Serão de 55 a 60 vagas entre a rua Pará e Sergipe | Foto: Pedro Marconi - Grupo Folha

A Epesmel (Escola Profissional e Social do Menor de Londrina) vai implantar o estacionamento rotativo na rua Brasil, região central de Londrina. Segundo a entidade, o pedido partiu da CMTU (Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização), após estudo do Ippul (Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Londrina). O trecho que passará a contar com a Zona Azul vai da rua Pará até a Sergipe.

Serão de 55 a 60 vagas, com as mesmas regras das vagas já existentes: tolerância de 15 minutos sem pagar e permanência máxima de quatro horas. A projeção é de que a rotatividade passe a valer em até 30 dias. A ampliação do serviço na cidade será possível devido a remanejamento de quatro parquímetros, além de profissionais, ou seja, não terá impacto nos custos.

“Tínhamos equipamentos em alguns locais que não vinham sendo utilizados em razão da proximidade com outros, pelo uso do aplicativo. Conversamos com a CMTU sobre a possibilidade de remanejamento, o que foi aceito. Estamos fazendo a infraestrutura”, explicou Wellington Luís Marcatti, coordenador da Zona Azul. Entre as localidades que terão o parquímetro retirado está a avenida Bandeirantes.

Marcatti nega que as ações irão gerar prejuízo aos motoristas usuários do sistema. “De maneira alguma vai comprometer o trabalho feito pela Epesmel. O quadro de colaboradores que temos dá para atender esta via”, destacou. Atualmente, são 120 colaboradores, sendo 95 monitores e 16 supervisores. Os demais atuam na área administrativa.

DIFICULDADE
A rua Brasil concentra várias garagens, lojas que comercializam materiais relacionados a veículos e bares, entre outros comércios. Atualmente, muitas revendas se utilizam das vagas para deixar em exposição os carros que estão à venda. “É uma dificuldade grande conseguir estacionar aqui. Normalmente, quem usa estes espaços deixa o carro desde cedo ou é garagista”, apontou o auxiliar de produção Jonatan Morais.

Para a supervisora de caixa Solange Ribeiro, a possibilidade de rotatividade poderá ser uma forma de atrair mais pessoas para a região, impactando positivamente nos estabelecimentos. “O motorista já não tem muita paciência. Então, muitas pessoas evitam passar por ruas como a Brasil por conta desta dificuldade de conseguir lugar para estacionar. Todos, com consciência, saem ganhando com a Zona Azul”, afirmou.

icon-aspas "Todos, com consciência, saem ganhando com a Zona Azul”.

DEMANDA
Quem vai à localidade ainda pede a ampliação para outras vias do entorno, como a rua Uruguai, que é repleta de garagens, além da São Jerônimo e parte da Sergipe. Marcatti informou que, neste momento, não existe planejamento para estas ruas. “Sempre recebemos várias solicitações, como na Gleba Palhano, vias paralelas da avenida Bandeirantes, entretanto, não temos nada sobre isso até o começo do ano que vem.”

Londrina tem 2.323 vagas de estacionamento rotativo, em que 1.689 estão na área central, 447 na avenida Bandeirantes e 187 na prefeitura.

APLICATIVO
Este mês está completando seis meses desde que o aplicativo “Estacione Legal”, da Zona Azul, foi lançado. Cerca de 14 mil pessoas já baixaram a ferramenta, que permite adquirir horário pelo celular e com uso de cartão de crédito, possibilitando ainda resgatar o tempo não utilizado e até renovar à distância. “É uma facilidade que tem crescido a cada mês. O estacionamento rotativo existe para garantir a democracia no estacionar”, elencou o coordenador do programa.

Epesmel ainda aguarda reajuste da tarifa

Apesar do pedido para o reajuste da tarifa cobrada na Zona Azul ter sido feito no ano passado, a instituição que explora o serviço na cidade ainda aguarda uma resposta da CMTU (Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização). Em dezembro de 2018, a Epesmel (Escola Profissional e Social do Menor de Londrina) solicitou que o valor seja de R$ 2.

O último aumento ocorreu em dezembro de 2016, quando a tarifa passou de R$ 1,40 para R$ 1,70, o que é praticado até hoje. A alegação é de que o que vem sendo cobrado está defasado, já que houve aumentos salariais no período e encarecimento do custo do serviço, considerando alterações da tarifa de ônibus, dissídio coletivo e vale-alimentação. Um novo requerimento foi feito junto à autarquia municipal em agosto deste ano.

“Procuramos a CMTU e temos justificativas. Nestes três anos foram três aumentos salariais, data-base é em novembro, as despesas subiram. Somos uma entidade assistencial e dependemos deste recurso que é arrecadado para manter o trabalho social”, ressaltou o coordenador da Zona Azul, Wellington Luís Marcatti. “Estamos em contato com a administração pública e aguardamos uma resposta para as próximas semanas”, acrescentou.

Por meio da assessoria de imprensa, a CMTU disse que ainda está analisando o pedido. Apesar do apontamento da Epesmel, o acréscimo exato, caso exista, depende da deliberação da companhia, que pode atender ou não o que foi requerido. Por mês, a instituição faz aproximadamente 1,3 mil atendimentos sociais, por meio de dois projetos, sendo um de convivência e fortalecimento de vínculos e outro profissionalizante. “Todos os dados estão à disposição da população em nosso site (epesmel.org.br/zona-azul/).”

O atual vínculo entre a entidade o município foi firmado em fevereiro de 2011 e vence no mesmo mês de 2021.