Pais de alunos de escolas municipais de Rolândia (Região Metropolitana de Londrina) foram informados nos últimos dias que ainda não há livros didáticos para todos os alunos para o ano letivo de 2020. Entre os livros que estão em falta estão de português, matemática, artes e inglês.

Imagem ilustrativa da imagem Rolândia enfrenta falta de livros didáticos nas escolas
| Foto: Divulgação/Prefeitura de Rolândia

O pai de uma das alunas da Escola Maria Teixeira Georg, Michael Prieto de Souza, entrou em contato com a FOLHA para reclamar do problema, já que não quer que sua filha passe pela mesma situação que a afligiu no ano passado, quando em uma sala de 30 alunos só havia 15 livros de cada disciplina. “No ano passado dois alunos dividiam o mesmo livro e não podiam levá-lo para casa. Seu uso era somente em sala de aula”, reclama Souza, observando que a jovem não tinha como revisar a lição em casa, tampouco realizar exercícios dos livros depois das aulas.

“A direção da escola me disse que está fazendo todo o esforço possível para conseguir esses livros que estão faltando", expõe. "Na verdade a direção da escola, professores e funcionários são notas 10. Não tenho reclamação. Eles fazem o que podem, mas a ordem vem da de cima", critica, dizendo que participou na semana passada de uma reunião com outros pais e representantes da escola. “Falei com todos os pais nessa reunião sobre o assunto e pedi para (essa falta de livros) ser colocada em ata. Dei um prazo para a escola verificar com outras unidades para ver as sobras de livros até o dia 10 de março, caso contrário vou ao Ministério Público”, expõe.

Em nota divulgada para as escolas, a secretaria municipal de Educação informou que estavam chegando caminhões com livros e que eles estariam realizando as entregas.Os Correios teriam iniciado a distribuição dos livros no final do ano passado e continuaram no início deste ano. Tendo em vista que os livros são distribuídos diretamente ao endereço das escolas e que em janeiro é o mês de férias e recesso escolar, e que eventualmente a instituição poderia estar fechada, segundo a nota, a pasta foi diretamente ao Centro de Distribuição dos Correios para verificar se haviam lotes lá que foram devolvidos por não conseguirem realizar a entrega. “Fomos informados que não havia livros estocados no Centro de Distribuição.”

A nota diz ainda que o MEC disponibiliza um sistema de remanejamento, no PDDE (Programa Dinheiro Direto na Escola) interativo, que tem como objetivo auxiliar os sistemas de ensino estaduais, municipais e do Distrito Federal na realização das trocas de livro entre escolas, buscando equilibrar as quantidades disponibilizadas a cada uma. O sistema de remanejamento ficará sempre disponível para que as escolas possam realizar a troca dos livros durante todo o ano.

Por ora, a secretaria orientou o remanejamento dentro da rede, ou seja, as próprias escolas estão disponibilizando livros entre si. Outra orientação da Educação é que as escolas acessem o “Manual da Reserva Técnica” e procedam as orientações lá existentes. A reserva técnica deve ser feita via PDDE interativo, sistema que que deve ser acessado diretamente pela escola.