O maior rodeio crioulo do País começou ontem, em São Luís do Purunã (a cerca de 50 quilômetros de Curitiba), com a previsão de reunir 1.500 peões e mais de 100 mil visitantes. O pecuarista e promotor do evento, Ivo Garret, diz que o sucesso do rodeio está no fato de reunir quem quer festa e quem prefere cavalgar. ‘‘Quem quer festar tem boa música, aquele que procura os esportes campeiros tem o melhor do País’’, disse.
Segundo Garret são mais de 100 banheiros, 130 homens para garantir a segurança e muito boa vontade para compensar a falta de apoio do governo estadual. ‘‘Tivemos que comprar energia da Copel, pagar R$ 5,7 mil para ter o policiamento da Polícia Militar, tudo isso para manter de pé a mais tradicional festa de rodeio do Paraná, que movimentou no ano passado R$ 100 mil’’, afirma.
Mas quem está em São Luís do Purunã não está preocupado com estrutura, política, ou qualquer outra coisa que não seja diversão. Enquanto os 35 integrantes do Jaguara Club, grupo de amigos de Curitiba, promovem uma festa particular, com direito a apresentação de uma versão country da loura do Tchan, o bi-campeão (1996 e 1997) da prova do laço, Lindomar Carneiro, se exercita com a corda.
O Jaguara Club é pura alegria. Abastecidos com mais de 2 mil garrafas de cerveja, eles ocupam 550 metros quadrados do parque de eventos, alugado dois meses antes da festa para garantir um local adequado. Participando do rodeio há seis anos, o grupo teve uma preocupação especial com as necessidades fisiológicas: mandou instalar no acampamento um banheiro privativo.
Para os peões que comparecem à arena de São Luís do Purunã o dia é feito de pura adrenalina, e o maior prêmio é o convívio com as tradições gaúchas. Na tarde de ontem, represententes de São Paulo, Santa Catarina, Paraná, Argentina e Uruguai, começaram ontem a participar das competições da prova do laço previstas para acontecer durante todo o dia.
Hoje devem começar as apresentações de rodeio crioulo (cavalo e boi) e prova de tambor, essa com a participação de amazonas. Festa, esporte, lazer, o importante para esses peões é traduzido pelas palavras do promotor da festa, Ivo Garret: ‘‘O importante é estar aqui, preservando as tradições, num local que os tropeiros cortaram com cascos de burro o caminho do Rio Grande do Sul até São Paulo, quando levavam gado nas antigas comitivas.’’O maior rodeio crioulo do País reúne peões, pecuaristas e curiosos em São Luís do Purunã neste final de semana

Albari RosaHabilidadeEntre as competições, está a prova do laço, em que o vaqueiro deve laçar o animal antes que ele cruze determinada linhaEstrutura garante
segurança e
comodidade aos
frequentadores