Menos de um ano depois de ter sido totalmente revitalizado, o CEU (Centro de Artes e Esportes Unificados) do jardim Santa Rita, na região oeste de Londrina, já é alvo de vandalismo e furtos, mudando o cenário do lugar. Os últimos casos foram no início deste ano, quando os vidros da biblioteca foram quebrados, as esquadrias de alumínio acabaram danificadas e até um buraco no muro na divisa entre o centro o colégio estadual Polivalente foi aberto. O registro de água e a torneira também foram arrebentados.

Buraco aberto entre a divisa do centro com a escola Polivalente
Buraco aberto entre a divisa do centro com a escola Polivalente | Foto: Pedro Marconi - Grupo Folha

Os estragos se juntam a outros problemas do local, como os vidros de uma sala em frente ao parquinho que foram estilhaçados, pichações nas paredes, gangorra quebrada e fiação elétrica levada. Na quadra de esportes é possível encontrar bastante lixo acumulado e em vários pontos da extensa área o mato está alto.

'TINHA QUE PRENDER QUEM FAZ ISSO'

Moradora do bairro há cerca de 40 anos, a costureira aposentada Elza Bazin costuma levar a neta, Kemily, de sete anos, até o CEU. Mas com a atual situação já está repensando se vai continuar. “Tinha que prender quem faz isso. A gente trás criança aqui e fica com medo. Antes tinha um guarda, mas faz tempo que não vejo mais ele. Tinham parado de vandalizar, mas voltaram há algum tempo”, relatou.

O receio se multiplica entre outras pessoas da comunidade, que pedem mais consciência e fiscalização. “Pode ser morador do próprio bairro que faz isso. Não tem polícia e guarda municipal para ficar dia e noite aqui, mas uma ronda intensificada deveria existir, principalmente à noite e de madrugada, que são os períodos que costumam agir. É um espaço para o bem da população, mas que fica num estado feio e difícil de frequentar”, destacou um morador que preferiu não ser identificado.

Tapumes foram colocados para tampar falta dos vidros
Tapumes foram colocados para tampar falta dos vidros | Foto: Pedro Marconi - Grupo Folha

O centro reúne em um mesmo espaço programas e ações culturais, práticas esportivas e de lazer, serviços socioassistenciais e de formação e qualificação. Ao lado da estrutura ainda ficam a UBS (Unidade Básica de Saúde) e a capela mortuária do bairro.

CÂMERAS

Uma placa no lugar indica a colocação recente de câmeras de segurança num contrato de R$ 74 mil. Os aparelhos foram instalados em dezembro e estão interligados à GM (Guarda Municipal). Em e-mail encaminhado à secretaria municipal de Obras e Pavimentação, um servidor da secretaria de Cultura solicita os reparos na unidade. No texto, ele afirma que a pasta forneceu em dezembro 31 luminárias de led para substituição das que haviam sido depredadas e furtadas.

Como resposta, a secretaria de Obras explicou que “não dispõe de servidores e materiais para atendimento emergencial ao vandalismo ocorrido no CEU” e que existe um contrato com uma terceirizada para manutenção de prédios públicos ou alugados pelo município. “Diante ao exposto, para que a secretaria municipal de Obras e Pavimentação possa contribuir e atender ao despacho administrativo, é necessário que alguma unidade demandante ao contrato formalize a solicitação dos serviços necessários”, finaliza o texto.

Fiação também foi puxada
Fiação também foi puxada | Foto: Pedro Marconi - Grupo Folha

PRISÃO

A reportagem procurou o Núcleo de Comunicação da prefeitura, que ressaltou que no primeiro fim de semana do ano um homem foi preso pela guarda após ser flagrado pelas câmeras de monitoramento do centro enquanto quebrava os vidros e arrancava a armação do objeto. Ele chegou a machucar o pé durante o vandalismo e precisou ser levado para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do jardim do Sol antes de ser encaminhado à delegacia.

A assessoria também explicou que o cuidado do lugar é compartilhado, já que existem salas usadas pela Cultura, Assistência Social e a quadra pela FEL (Fundação de Esportes de Londrina). A segurança é a cargo da GM. Sobre a previsão dos reparos, o núcleo informou que a secretaria de Obras realizará um levantamento dos estragos, inclusive financeiro, para realizar os consertos.

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