O Restaurante Popular de Londrina, que funciona na rua Professor João Cândido, ao lado do Terminal Urbano, teve o atendimento bastante afetado por causa da pandemia do coronavírus. É o que mostram dados obtidos pela FOLHA com a Ouvidoria do Município por meio da Lei de Acesso à Informação. Entre o final de março e começo de abril, o local ficou fechado durante quatro semanas por determinação do prefeito Marcelo Belinati (PP). Foi a mesma época em que o comércio da cidade baixou as portas por um mês para frear o contágio da doença.

Imagem ilustrativa da imagem Restaurante Popular de Londrina tem queda no movimento durante a pandemia
| Foto: Vivian Honorato/N.com

Segundo o levantamento, 7.325 refeições foram servidas em março, 1.073 em abril, 3.788 em maio, 4.031 em junho e 3.007 em julho. Antes da Covid-19, 750 pessoas compareciam todos os dias. Porém, para evitar aglomerações, o número caiu para uma média de 300, o que representa metade da capacidade máxima. O horário de funcionamento permanece o mesmo: das 11h às 14h.

De acordo com o secretário municipal de Agricultura e Abastecimento, Gustavo Gomes dos Santos, a redução já era aguardada. "O movimento no comércio do centro está totalmente ligado com a frequência do restaurante. Se as lojas estão fechadas, a circulação cai do mesmo jeito. A maioria dos usuários vem dos bairros, mas as medidas de prevenção que adotamos consequentemente iriam refletir nessa queda", disse.

A administração é feita por uma empresa terceirizada, que cobra R$ 3 por cada refeição. A prefeitura entra com uma contrapartida de R$ 6,94. A fornecedora teve que adotar uma série de regras para retomar o atendimento. "Os funcionários estão servindo nas mesas, os clientes precisam ficar distantes nas mesas, todos têm que necessariamente usar máscaras e passar constantemente o álcool em gel. Os trabalhadores também estão usando luvas, máscaras e avental para impedir a disseminação do vírus", comentou o secretário.

Para Gustavo Gomes, a diminuição também pode ser explicada porque os idosos, que integram o grupo de risco do coronavírus, são os que mais vão ao Restaurante Popular. "Não proibimos ninguém de ir almoçar, mas orientamos que essas pessoas fiquem em casa. O que notamos, por outro lado, é que o público da terceira idade continuou a circular pelo centro, a andar de ônibus. Isso acaba sendo um facilitador para que venha até a região central", comentou.