Imagem ilustrativa da imagem Representantes de escolas privadas fazem protesto na prefeitura

Um grupo de representantes de escolas particulares de Londrina organizou um protesto, nesta quinta-feira (8), na prefeitura para cobrar do município a retomada das aulas presenciais facultativas. Com faixas e cartazes, os manifestantes cobravam prioridade à educação e pediam pelo direito de os pais decidirem se mandam ou não os filhos para a escola. As escolas da cidade estão fechadas desde o dia 20 de março em razão da pandemia do novo coronavírus e ainda não há previsão de quando será autorizado o retorno pela administração municipal.

Coordenadora pedagógica do Colégio St. James’ International School e organizadora do ato, Vivian Saviolli defende um retorno gradual, dos alunos mais velhos para os mais novos, deixando por último a educação infantil. “Precisamos dar esse primeiro passo. Temos relatos de várias crianças em depressão, afastadas do convívio social com os amigos, de um espaço estimulante cognitivamente e para o relacionamento. Às vezes, a escola é a única oportunidade que a criança tem de brincar com outras crianças.”

Saviolli disse que as escolas estão preparadas para um retorno seguro das atividades, com respeito às regras sanitárias de prevenção à Covid-19. As escolas estão se planejando para fazer rodízios, instalando tapetes sanitizantes, disponibilizando álcool gel na entrada, aferição de temperatura, número reduzido de alunos nas salas de aula, uso de máscara pelos estudantes e face shield pelos funcionários, além de estabelecer horários alternados de entrada para que não haja aglomeração. “A escola já tem esse protocolo de segurança, muito maior do que qualquer parquinho aberto que não tem protocolo algum”, comparou.

A coordenadora pedagógica lembrou ainda que a prefeitura cogita a possibilidade de liberar a realização de festas e eventos para até 50 pessoas o que, no seu entendimento, seriam um risco maior à saúde da população. “Se abrir as festas e eventos para 50 pessoas, como não pode liberar uma sala com 12 alunos e um professor? Não tem lógica.”

O ato começou por volta das 10 horas e os manifestantes prometiam permanecer no local até as 16 horas.