Reforma UPA Sol: atendimento no Mater Dei deve começar em agosto
Hospital deve ser sede provisória da unidade de pronto atendimento até o primeiro semestre de 2026; prefeitura não descarta possibilidade de ficar por mais tempo
PUBLICAÇÃO
segunda-feira, 23 de junho de 2025
Hospital deve ser sede provisória da unidade de pronto atendimento até o primeiro semestre de 2026; prefeitura não descarta possibilidade de ficar por mais tempo
Jéssica Sabbadini

Após uma longa negociação, os atendimentos da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Jardim do Sol, na zona oeste de Londrina, vão ser transferidos até a primeira semana de agosto para o antigo Hospital Mater Dei, na área central. O contrato de locação do espaço foi firmado na manhã desta segunda-feira (23) pela Prefeitura de Londrina e pela Iscal (Irmandade da Santa Casa de Londrina) por um valor mensal de cerca de R$ 90 mil.
Ampliação dos atendimentos
Com a mudança, a expectativa do município é de oferecer um espaço mais adequado e com mais qualidade para os pacientes e colaboradores, além de ampliar os atendimentos. Secretária de Saúde, Vivian Feijó detalha que, na estrutura atual, a capacidade é de atender 32 pacientes por hora, além de contar com nove consultórios médicos e 16 leitos de enfermaria.
Com a mudança, o número de pacientes atendidos por hora vai subir para 48. O número de consultórios será de 12 e o de leitos de enfermaria, 26. Hoje, a UPA do Sol chega a atender 750 pacientes por dia.
A ampliação dos atendimentos acontece, neste momento, segundo a secretária, de acordo com a disponibilidade de recursos, tanto humano quanto de material médico e equipamento. “Lá tem muito espaço para acomodação e ampliação e nós vamos fazer isso de maneira organizada e planejada. Nós precisamos contratar pessoal, dimensionar equipamentos, rever o processo de atendimento numa estrutura nova, então tudo isso está sendo planejado para que a gente possa continuar ampliando a oferta”, explica.
Potencial para mais
Além disso, a secretária detalha o potencial futuro para novas ampliações nos atendimentos, com a abertura de 30 leitos de internação clínica, o que poderia auxiliar a desafogar os hospitais secundários e terciários, assim como a de instalação da Rede Carinho, voltada para o atendimento das crianças.
Profissionais
Em relação à contratação de profissionais, ela garante que a pasta já fez o chamamento de quase 500 profissionais da saúde no início da gestão e que muitos estão sendo destinados ao setor de urgência e emergência. Sobre a equipe médica, a contratação vem sendo feita por meio de empresas terceirizadas, mas a secretária não descarta a possibilidade de ampliar o número de médicos também através do Cismepar (Consórcio Intermunicipal de Saúde do Médio Paranapanema).

Entraves
Todo o processo levou meses para sair do papel, o que, de acordo com Feijó, se deu por conta de entraves administrativos e de estrutura. Ela exemplifica o caso do estacionamento do hospital, que não estava incluso na locação e, por conta disso, seria cobrado dos usuários e dos colaboradores.
“São coisas que parecem pequenas, mas que são gigantescas para o funcionamento de uma unidade hospitalar”, explicando, detalhando que houve cessões de todas as partes para que o acordo pudesse ser concluído. “Houve uma negociação ampliada, uma nova precificação, incluindo o estacionamento, o que para mim era inegociável”, reforça.
Reforma na UPA do Sol
A transferência dos atendimentos para o Mater Dei acontece enquanto a UPA do Sol estiver em reforma, que deve começar logo após a mudança, na primeira semana de agosto. Na obra, o município deve investir pouco mais de R$ 1,8 milhão na reforma da parte estrutural, além de uma licitação complementar para abarcar outros reparos que ainda está em fase orçamentária.
A expectativa é de que a obra de reforma da UPA do Jardim do Sol seja entregue em 240 dias, o que, se concluída no prazo, deve acontecer em abril de 2026. Prefeito de Londrina, Tiago Amaral (PSD) explica que o caminho mais rápido encontrado pelo município foi o de dar continuidade ao contrato antigo e abrir uma nova licitação para abarcar o restante da reforma. “O nosso foco é fazer a saúde de Londrina ser melhor para o cidadão londrinense”, garante.

Mais tempo no Mater Dei
O contrato de locação do antigo hospital Mater Dei por R$ 90 mil tem validade de um ano, podendo ser prorrogado por até cinco anos. Com a ampliação dos atendimentos no local, a secretária disse que a pasta ficou animada com toda a estrutura que a unidade hospitalar oferece. “Se tudo der certo e se houver interesse de ambas as partes, nós gostaríamos de ficar um pouco mais de tempo nesse espaço”, adianta Feijó.

