Reforma da maternidade de Londrina deve ser retomada no segundo semestre
Outra licitação teve que ser aberta porque empresa responsável pela obra descumpriu contrato
PUBLICAÇÃO
quarta-feira, 17 de abril de 2019
Outra licitação teve que ser aberta porque empresa responsável pela obra descumpriu contrato
Simoni Saris - Grupo Folha
Em 27 anos de funcionamento, maternidade não passou por uma grande reforma e hoje acumula problemas
Inaugurada em dezembro de 1992, a Maternidade Municipal Lucilla Ballalai não passou por nenhuma grande reforma em 27 anos de funcionamento. Com exceção de algumas melhorias pontuais, como a troca das janelas e pintura das paredes, o prédio se encontra com as mesmas características da época em que começou a receber as primeiras pacientes. Em maio de 2018, a prefeitura contratou por meio de licitação uma empresa para executar as obras de reforma e ampliação da unidade, mas o trabalho foi interrompido e o contrato rescindido menos de quatro meses depois porque a empresa descumpriu cláusulas contratuais. Agora, uma nova concorrência pública foi aberta e a expectativa do município é que a construção seja retomada no início do segundo semestre.
Elaborado em 2015, o projeto foi mantido e prevê melhorias na área de 750 metros quadrados, além da ampliação do espaço em 992,58 metros quadrados. Além de pintura, melhorias no telhado, piso, instalações elétrica e hidráulica, será construído um bloco com Centro de Parto Normal no local onde hoje funciona o centro cirúrgico e o serviço de esterilização. O setor será ampliado de três para oito quartos com mais dois quartos reservados aos médicos plantonistas e cinco salas de apoio que irão abrigar o posto de enfermagem, sala de vacina, exames, armazenamento e coleta de leite materno.
Todos os quartos terão ar-condicionado e televisão e o mobiliário e equipamentos serão substituídos. Um novo centro cirúrgico será construído e também haverá novos espaços para lavanderia, sala de costura, depósito de material de limpeza e centro de materiais de esterilização. Após a reforma, a maternidade terá uma área total de 3.335,14 metros quadrados.
Reajuste de preço
O valor original da obra era de R$ 5,853 milhões, mas para refazer o processo licitatório foi preciso reajustar os preços e o valor máximo previsto no novo edital é de R$ 6.473.378,29, um acréscimo de mais de R$ 620 mil. “A formação do preço no edital anterior foi feita no final de 2015 e a empresa venceu com R$ 4,9 milhões. Quando o contrato foi rescindido, entramos em contato com as outras empresas classificadas, mas nenhuma quis assumir a obra por aquele preço. Agora, a atualização de valores foi feita pela tabela Sinapi, que rege os valores da construção civil. Na hora da concorrência, as empresas vão dar o desconto delas”, explicou o secretário municipal de Gestão Pública, Fábio Cavazotti
Os envelopes com a documentação serão abertos no próximo dia 15 de maio e, passado o prazo de recursos, serão abertos os envelopes com os preços. A expectativa do município é que a ordem de serviço para a obra seja assinada no final de junho e a construção recomece no início do segundo semestre. O prazo de entrega é de 14 meses. “É uma prioridade máxima do prefeito. É evidente que trabalharemos para reduzir os prazos internos, uma vez que a reforma e ampliação são necessárias. A nossa maternidade é a maior do SUS do interior do Paraná”, pontuou o secretário Municipal de Saúde, Felippe Machado. Durante a obra, a maternidade continuará funcionando normalmente no mesmo endereço.
Infiltração
Depois de quase três décadas em funcionamento sem passar por melhorias significativas, a maternidade hoje acumula problemas, com inúmeros pontos de infiltração causados por problemas no telhado e rachaduras nas paredes. Um dos quartos da enfermaria já chegou a ser interditado em razão das infiltrações. Hoje não tem mais risco de a água cair sobre as pacientes, mas as marcas no teto permanecem. A reforma inacabada também é um transtorno. A sala de costura foi desativada e no local seria construído o vestiário masculino, mas atrás de uma cortina, o que se vê é entulho e terra.
Os recursos para a execução da obra são provenientes do Fundo Municipal de Saúde, repassados pelo governo federal, com uma contrapartida do município.