Reconstrução do terminal Acapulco tem aditivo de três meses
Obra prevista para ser entregue em julho agora tem prazo até outubro; empresa também pediu reequilíbrio financeiro do contrato
PUBLICAÇÃO
terça-feira, 27 de junho de 2023
Obra prevista para ser entregue em julho agora tem prazo até outubro; empresa também pediu reequilíbrio financeiro do contrato
Pedro Marconi

Previstas para serem entregues na segunda semana de julho, as obras de reconstrução do terminal do Acapulco e de duplicação da marginal da PR-445, na zona sul de Londrina, vão demorar, pelo menos, mais três meses para ficarem prontas. O consórcio responsável pelos trabalhos pediu a prorrogação do contrato, o que foi aceito pela prefeitura. Agora, o novo prazo é outubro deste ano.
O consórcio, liderado por uma empresa de Cascavel (Oeste), alegou seis motivos para justificar a não conclusão dentro do que estava acordado: demolição do antigo terminal, chuvas, muro de contenção, rede de água e esgoto da Sanepar e aquelas já existentes e pavimentação asfáltica.
“Após a conclusão do terminal provisório, a equipe responsável pela administração dos terminais iniciou a migração da operação para o terminal provisório. Esta mobilização levou cerca de um mês. Até a liberação da área, a contratada ficou limitada apenas à execução de alguns serviços externos, que representam uma pequena parcela da obra, não conseguindo evoluir adequadamente neste período”, destacou o engenheiro responsável pela fiscalização no documento em que a FOLHA teve acesso.
Sobre os problemas envolvendo a rede de água e a pavimentação, o apontamento do técnico foi de que as intervenções dependem de concessionárias. “Informamos que a duplicação da marginal da PR-445 impacta diretamente na reconstrução do terminal Acapulco, pois, para o funcionamento do terminal é necessário também o término da obra na marginal, devido a adequações que serão feitas nas vias de acesso”, elencou.

Na avaliação do secretário municipal de Obras e Pavimentação, o tempo extra será suficiente para a finalização. “Consideramos que é justo este aditivo de prazo, já que houveram fatos supervenientes. Semana passada estive três vezes na obra e o ritmo está bom. Dá para recuperar nestes três meses e a expectativa é positiva”, destacou João Verçosa.
As obras tiveram início em agosto do ano passado, com previsão de 11 meses. O terminal está sendo ampliado, passando de 1.724,50 metros quadrados para 3.488,35. Já a duplicação da marginal da rodovia terá extensão de cerca de 450 metros, indo do terminal até a rotatória que passa por baixo do viaduto da avenida Dez de Dezembro.
MEDIÇÃO
De acordo com medição de junho dos servidores municipais, as novas pistas estão com 32% de execução e a reconstrução do terminal 31,24%. “Se em quase um ano não chegaram nem a metade da obra, qual a possibilidade de em três, quatro meses fazerem 60%? Pelo ritmo que tenho acompanhado, acho difícil entregarem neste ano ainda”, comentou o autônomo Alessandro Padilha.
MAIS DINHEIRO
A empreiteira também pediu à prefeitura o reequilíbrio econômico de R$ 636 mil. No entanto, após a avaliação das secretarias de Obras e Gestão Pública, o poder público considerou que o valor correto para reajuste é de R$ 412 mil. A construtora tem até o final desta semana para se manifestar. Por lei, as empresas podem pedir a atualização do preço do contrato a partir de um ano da data de apresentação da proposta. O cálculo sempre é feito levando em conta o saldo remanescente, ou seja, que ainda será pago.
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