Reajuste da tarifa desagrada concessionárias
PUBLICAÇÃO
terça-feira, 08 de fevereiro de 2000
Silvana Leão
De Londrina
As empresas de transporte coletivo de Londrina consideraram insuficiente o aumento de 11% no preço das passagens, em vigor desde o último domingo. Os R$ 0,10 a mais, segundo diretores das empresas, não acabam com o desequilíbrio econômico-financeiro causado por uma antiga defasagem no preço da tarifa, que agora é de R$ 1,00.
A planilha apresentada por uma empresa de engenharia, contratada para fazer os cálculos do preço da passagem, baseada em dados como custos e quilometragem rodada, sugere o preço de R$ 1,16, afirma Gildalmo de Mendonça, gerente-geral da Transportes Coletivos Grande Londrina (TCGL). Ele lembra que quando a tarifa foi para R$ 0,90 a necessidade já era de R$ 1,12. Além disso, Londrina conta com uma redução no número de passageiros em torno de 5% ao ano. Paralelamente, a quilometragem rodada por nossos ônibus aumentou 135 mil quilômetros entre os meses de janeiro e dezembro do ano passado.
O diretor-administrativo da Francovig, Francisco Henrique Francovig, disse que o aumento também não contemplou os custos da integração das linhas distritais. Para tentar amenizar a defasagem, as empresas pretendem encontrar saídas junto à prefeitura, como a isenção do Imposto Sobre Serviços (ISS) e redução da taxa de gerenciamento paga à Companhia Municipal de Urbanização (Comurb) hoje de 6% sobre o faturamento. Mendonça e Francovig lembram que em Curitiba já existe a isenção do ISS e a taxa de gerenciamento é de 4%.
As empresas também não descartam a possibilidade de negociar junto ao sindicato dos trabalhadores o aumento na jornada de trabalho, que foi reduzida sem que houvesse diminuição de salário.