Na primeira semana de vida de Lívia, hoje com 11 meses, a família buscou formas de ajudar outras crianças. Marcela Cavagnari de Souza, 35, procurou na internet um jeito de doar o leite que sobrava e encontrou informações sobre o BLH do HU de Londrina. “Meu marido e eu procuramos como guardar, a gente viu que tinha que ser um pote específico, com tampa de plástico e a gente não tinha. O Banco de Leite Humano fornece e manda esterilizado, vão em casa, nos orientam como proceder com higienização e armazenagem”, comenta.

No início, a quantidade doada era maior, aproximadamente dois vidros de 500 ml por semana. “Hoje não consigo completar um vidro de 500 ml a cada 15 dias, mas faço questão, porque isso me faz bem, eu não quero parar, o pouco que eu conseguir, eu quero doar”, afirma a fisioterapeuta.

Imagem ilustrativa da imagem 'Quero ajudar bebês que estão no hospital', diz doadora londrinense
| Foto: Arquivo Pessoal

Ela explica que os primeiros meses foram mais difíceis, pois tudo era uma adaptação, mas que contou com a ajuda do marido para poder retirar e guardar o leite. “Enquanto ela mamava em um peito, eu colhia no outro e eu tinha a bomba elétrica. Quando terminava a coleta, meu marido fazia higienização. Foi essencial ter alguém para ajudar, porque nos primeiros dias a gente fica muito cansada”, menciona. Atualmente, ela afirma que faz tudo com mais tranquilidade e satisfação. “É prazeroso encher os potinhos sabendo que vai ajudar.”

A mãe pretende continuar amamentando a filha e também ajudando outros bebês que precisam. “Enquanto ela estiver mamando, vou fazer essa doação. Eu quero ajudar os bebês que estão lá e que por algum motivo as mães não conseguem. Tenho muito prazer em doar”, salienta.