A Polícia Militar deteve na tarde desta quarta-feira (20) quatro pessoas, dois homens de 36 anos e dois adolescentes de 16 e 17, caçando capivaras em uma mata que fica nos fundos de uma empresa farmacêutica na estrada entre Rolândia e Pitangueiras. Os agentes foram avisados por vigias particulares da firma. Quando a viatura chegou no local, várias pessoas correram, deixando três animais de médio porte mortos.

Imagem ilustrativa da imagem Quatro são detidos por caçar capivaras na zona rural de Rolândia
| Foto: Reprodução/PM

Em seguida, os vigilantes perseguiram os fugitivos, que estavam em um Escort vermelho, passando simultaneamente a localização para a PM. Os suspeitos desceram do carro e correram para o meio do mato, atirando contra os policiais. Eles revidaram com oito disparos. Inicialmente, três foram presos, sendo que o último foi localizado depois. As equipes apreenderam nove cães de diversas raças usados para a caça, um facão e uma faca, além de uma moto.

Na delegacia, um dos caçadores, que disse ser auxiliar de produção e morar no jardim Campos Verdes, zona oeste de Londrina, negou que estivesse armado e atrás das capivaras. Durante interrogatório ao delegado Bruno Silva Rocha, esclareceu que foi com o outro homem até uma fazenda na região de uma amiga deles. Explicou que não sabia que o colega levaria os adolescentes. "Estávamos apenas andando com os cachorros. De repente, escutamos tiros e, por medo, nos deitamos na mata, onde ficamos até sermos abordados pelos policiais militares", observou.

Já o outro homem, que afirmou ser empresário e morador de Rolândia, contou outra história. Ele confessou que o grupo foi até o lugar paa caçar javali. Negou que portasse alguma arma, mas argumentou que não mataram nada. "As capivaras foram localizadas em outra fazenda. Do nada começamos a ouvir tiros e corremos. Passei a gritar que havia menores, momento em que os PMs se identificaram. Fomos acusados de atirar contra a viatura, o que não aconteceu", afirmou também ao ser interrogado pelo delegado.

Ainda sem advogados constituídos no sistema de consulta do Tribunal de Justiça do Paraná, os homens foram autuados por corrupção de menores, caçar espécimes da fauna e desobediência. O futuro da dupla, ou seja, se continuam ou não atrás das grades, será decidido nesta quinta-feira (21) em audiência de custódia, a partir das 14h, no Fórum de Rolândia.