Mauricio Della Barba
De Londrina
Depois do recesso forense de 30 dias, o Ministério Público recomeça hoje os trabalhos investigativos que apuram as irregularidades na administração municipal de Londrina, sobretudo na Autarquia Municipal do Ambiente (AMA) e Companhia Municipal de Urbanização (Comurb).
Os três promotores responsáveis pelo caso, Bruno Galatti, Cláudio Esteves e Solange Vicentin, devem convocar novas pessoas para prestar depoimentos, além de continuarem realizando as perícias contábeis e o levantamento bancário dos envolvidos nas irregularidades.
Galatti preferiu não adiantar os nomes das pessoas que prestarão depoimento no Ministério Público já a partir desta semana, mas ressaltou que o processo investigativo principal já está praticamente concluído. ‘‘Estamos agora à mercê da burocracia bancária. Os pontos principais de todo o processo já foram esclarecidos’’, disse.
Os trabalhos do MP tiveram início em fevereiro de 99 e hoje estão sendo investigados cerca de 200 processos licitatórios realizados na AMA e na Comurb. Os promotores já comprovaram que várias licitações foram fraudulentas e há suspeitas que o dinheiro supostamente desviado (cerca de R$ 15 milhões) foi utilizado em campanhas eleitorais.
A Comissão Especial de Inquérito (CEI) da Câmara de Vereadores que apura as irregularidades na AMA e na Comurb irá ouvir hoje, às 14 horas, os membros do Conselho Administrativo e Fiscal da Comurb. Amanhã será a vez do ex-secretário da Fazenda, Ismael Mologni, depor.