O Governo do Estado desenvolveu 148 ações e beneficiou 7.145 cidadãos desde o início da Operação Rondon Paraná 2023, no feriado de 12 de outubro. As equipes de rondonistas formadas por 150 estudantes e 28 professores universitários atenderam demandas relacionadas à saúde, inclusão social e educação nos sete municípios participantes. A expectativa é atender 13 mil pessoas em mais de 250 atividades programadas até este sábado (21).

As atividades de extensão estão acontecendo nos municípios de Antonina, Guaratuba, Morretes, Paranaguá e Pontal do Paraná, no Litoral do Estado; e Cerro Azul e Rio Branco do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba. O projeto é coordenado pela Seti (secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior), em conjunto com as sete universidades estaduais do Paraná - UEL, UEM, UEPG, Unioeste, Unicentro, Uenp e Unespar. .

“O projeto tem resultados importantes para as comunidades atendidas, na formação dos estudantes e dos próprios professores que se envolvem no conjunto de atividades”, disse o secretário da Seti, Aldo Nelson Bona, que acompanhou ações em Cerro Azul. “Tive a oportunidade de visitar algumas ações em andamento e ver o entusiasmo das pessoas com tudo aquilo que se propõe e se desenvolve no âmbito do projeto”, acrescentou.

UEL

Da UEL participam 10 estudantes e dois professores. O coordenador geral da operação, professor Carlos Miqueloto, do Departamento de Biologia Geral, explica que a última vez que a universidade participou das ações extensionistas foi pelo Projeto Rondon, iniciativa do governo federal, em 2015.

Segundo o professor, para o aluno é uma oportunidade para conciliar aprendizado e compreensão da realidade social. Em Guaratuba, a equipe da UEL atua em comunidades rurais, atendendo também grupos da 3ª idade e artesãos que atuam em uma feira local. Eles são responsáveis por oficinas direcionadas para as populações vulneráveis sobre temas relacionadas à produção de alimentos, artesanato, varejo, comunicação, marketing e meio ambiente.

COMUNIDADES DIVERSAS

As atividades da operação envolvem moradores de diversas comunidades, com o objetivo de capacitar agentes multiplicadores para o desenvolvimento de projetos autossustentáveis que atendam as demandas locais e regionais. A iniciativa valoriza a cidadania, a promoção de soluções sustentáveis para a inclusão social e a redução de desigualdades regionais, previamente identificadas pelas universidades, em conjunto com a gestão pública de cada município.

Em Antonina, por exemplo, entre as atividades estão palestras sobre temas como saúde mental, relações interpessoais e valorização feminina, voltadas para mulheres que trabalham nos terminais portuários Barão de Teffé e Ponta do Félix, que compõe o complexo administrado pela empresa pública estadual Portos do Paraná.

Moradores da Praia Central, de Balneário Prainha e de comunidades do Cabaraquara, Limeira e Riozinho, em Guaratuba, participaram de oficinas relacionadas à conservação do manguezal, educação ambiental, ecoturismo e observação de aves da restinga. As pessoas das comunidades de América de Cima, Sambaqui, Mundo Novo do Saquarema e Rio Sagrado, em Morretes, participaram de oficinas sobre plantas medicinais e reaproveitamento de alimentos e prevenção contra parasitas, além de práticas de pilates para idosos.

No município de Pontal do Paraná as atividades envolveram oficinas de fotografia e rodas de conversa na comunidade indígena Guaviraty, da etnia Mbyá Guarani, e palestras sobre a literatura paranaense. Em Rio Branco do Sul, foram promovidas atividades recreativas para crianças e palestras sobre educação e inclusão para professores e estudantes. Diariamente acontecem palestras e oficinas em Paranaguá, com conteúdos voltados para temas como educação financeira e empreendedorismo.

Em Cerro Azul, estudantes do segundo ano do ensino médio participam de palestras durante toda a semana. O professor Antônio Marcos Dorigão, da Unespar, explica que a atividade apresenta o ensino superior aos alunos da rede pública de ensino. “Inserimos na conversa a existência das sete universidades estaduais, a quantidade de cursos que a gente tem e o desenvolvimento que essas universidades proporcionam, incentivando os estudantes a cursarem o ensino superior”, afirmou.

NO PARANÁ

A Operação Rondon Paraná surgiu em 2015, proposta pela Universidade Estadual de Ponta Grossa. Ao longo de cinco edições, entre os anos de 2015 e 2019, 34 municípios foram beneficiados, a partir de ações desenvolvidas por 832 rondonistas, entre alunos, professores e agentes universitários. Foram 4.129 oficinas e 116.875 atendimentos disponibilizados para a população.

(Com informações da Agência Estadual de Notícias e Agência UEL)