Com o vazamento do Lago Igapó 2 (zona sul) estabilizado após a construção de uma ensecadeira na barragem da avenida Higienópolis, a Prefeitura de Londrina está avançando na contratação de uma empresa especializada para elaborar o projeto das novas comportas. Como já havia sinalizado o secretário municipal de Obras, Otavio Gomes, o objetivo é a implantação de um sistema moderno que contribua também para evitar alagamentos na região.

O primeiro vazamento no Igapó 2 foi identificado no dia 14 de fevereiro, devido à ruptura de uma das comportas. A Prefeitura decretou situação de emergência e adotou uma série de medidas paliativas, como a colocação de sacos de areia com mais de uma tonelada para evitar que o nível do lago diminuísse, mas os problemas se agravaram. No final de março, foi construída uma ensecadeira, que deve ser aproveitada na obra definitiva das comportas.

A FOLHA teve acesso aos documentos que indicam que o projeto custará pouco mais de R$ 26 mil aos cofres públicos. O prazo para elaboração será de 40 dias corridos após o recebimento da ordem de serviço, que ainda não ocorreu.

O responsável por projetar as novas comportas será o engenheiro civil e professor da UEL (Universidade Estadual de Londrina) Carlos José Marques da Costa Branco, autor do projeto original, elaborado em 2002. Não será feita licitação para a contratação.

"Considerando que o sistema a ser projetado deve integrar o projeto da barragem existente, sem comprometer sua estabilidade e segurança, esta adequação deve ser feita pelos respectivos responsáveis técnicos do projeto original", justifica a Prefeitura.

A proposta assinada pelo professor fala em aprimorar o sistema de comportas para facilitar as manutenções e buscar soluções para mitigação das enchentes, sobretudo na rua Joaquim de Matos Barreto.

Apenas com o projeto em mãos será possível estimar o custo da obra do novo sistema de comportas. Em março, Gomes garantiu à FOLHA que o intuito é fazer a obra “muito bem feita com o mínimo de recursos” e que a administração não vai sair “gastando dinheiro à revelia”, uma vez que o município está passando por dificuldades financeiras.

À reportagem, a Prefeitura disse que a contratação ainda está "em trâmites na Gestão Pública".

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