PROTESTO
Professores diminuem tempo de aulas
Enquanto a Associação dos Professores do Paraná (APP-Sindicato) trabalha no sentido de conscientizar a categoria sobre a greve anunciada para amanhã, a Secretaria de Estado da Educação tenta desmobilizar a paralisação. Ontem as regionais da APP coordenaram um protesto à favor da hora-atividade, recomendando aos professores que as aulas não durassem mais de 30 minutos. Por outro lado, a secretaria garante que a inicitiva foi um fracasso, principalmente em Curitiba e região metropolitana.
No final da tarde a assessoria da APP ainda não tinha um balanço oficial sobre a adesão ao protesto em todo o Estado. No entanto, uma avaliação preliminar apontava que mais da metade das escolas estaduais participaram do movimento, ministrando aulas apenas até o intervalo do recreio. Nos últimos dois horários os professores e funcionários debateram e traçaram a pauta da greve de amanhã.
Uma das principais reivindicações da categoria, a hora-atividade é um benefício reivindicado há anos pelos professores. Trata-se em destinar um percentual da carga horária para atividades extra-classe, como pesquisa, elaboração de aulas e outras questões pertinentes. Em vários municípios paranaenses esse benefício já é reconhecido na rede municipal de ensino. A nível de estado, o Paraná é um dos únicos da federação que ainda não estabeleceu a hora-atividade na rede pública de ensino.
Para o dia de greve os sindicalistas aguardam a participação maciça dos servidores da Educação. De acordo com a APP, estão programadas atividades em todo o Estado. Em Curitiba a concentração acontece a partir das 9 horas, na Praça Santos Andrade, em frente à Universidade Federal do Paraná (UFPR). De lá os manifestantes seguem em passeata para a Boca Maldita, onde será realizado um ato de protesto contra a política educacional do governo.
A secretaria garante que as 2.163 escolas da rede estadual terão aulas normais amanhã. A determinação é que os professores, diretores e funcionários cumpram normalmente o dia de expediente. Segundo a secretária da Educação, Alcyone Saliba, as informações divulgadas sobre a paralisação e a redução do tempo de aula para 30 minutos estão confundindo alunos, pais e professores.
Ao lado da hora-atividade, o sindicato também reivindica a aprovação do Plano de Cargos, Carreira e Salários, que está tramitando na Assembléia Legislativa. (G.F.)