Semáforos apagados, piscando no amarelo ou travados. Problemas nos equipamentos têm se tornado mais frequentes em Londrina. A falta de sinalização em cruzamentos movimentados da cidade aumenta o risco de acidentes, confunde motoristas e coloca em perigo pedestres que tentam atravessar as vias. Em horários de pico, a situação se agrava.

Na manhã desta quarta-feira (25), o problema foi registrado na Vila Brasil (região central). Cruzamentos movimentados como os das ruas Uruguai com Colômbia e Uruguai com Bolívia ficaram com a sinalização travada desde o início da manhã. O problema só foi solucionado por volta do meio-dia.

As duas ruas que cruzam a Uruguai são corredores importantes de ligação da zona leste com o centro e zona sul. São rotas de linhas dos ônibus do transporte público e também de ambulâncias e carros de saúde que transportam pacientes de municípios vizinhos.

Com o semáforo aberto indefinidamente, os motoristas que desciam a Uruguai se assustavam com os veículos que avançavam o sinal vermelho nas vias perpendiculares, provocando um grande buzinaço. Já na Colômbia, grandes filas de veículos se formavam até os condutores perceberem que o sinal estava travado, uma vez que não havia nenhuma sinalização.

Agentes de manutenção da CMTU (Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização) estiveram no trecho durante alguns minutos da manhã orientando o trânsito, mas logo saíram e a confusão continuou, exigindo cautela e paciência dos motoristas.

O problema na Vila Brasil não é um caso isolado. Recentemente, a Rua Humaitá, também na região central, também registrou transtornos no trânsito com semáforos apagados. A vulnerabilidade do sistema têm chamado a atenção dos motoristas.

Licitação suspensa no ano passado

A administração municipal anterior enfrentou problemas no ano passado, após ter um edital suspendido pelo TCE-PR (Tribunal de Contas do Paraná). A Cage (Coordenadoria de Acompanhamento de Atos de Gestão) alertou sobre supostos problemas, como “especificações técnicas que poderiam dificultar a ampla competitividade”.

Em novembro, a medida cautelar foi revogada pelo pleno do tribunal depois de a Companhia demonstrar, em contraditório, “ter adotado todas as medidas indicadas pela Cage como necessárias para corrigir as irregularidades apontadas no certame”.

A atual gestão, que assumiu a prefeitura em janeiro deste ano, no entanto, não demonstrou interesse na terceirização dos serviços. Por meio de nota, a assessoria de comunicação da CMTU, diz que a companhia trabalha com equipe própria e reconhece que o número de manutenções diárias é alto, mas ressalta que, apesar do volume, o tempo de resposta de correção dos problemas é curto. "A reposta por parte de nossos servidores é muito rápida e, em pouco tempo após a notificação da falha, os equipamentos voltam a operar normalmente", pontua.

Modernização

A CMTU acrescenta que trabalha em um projeto de modernização de toda a rede de semáforos. "Ao mesmo tempo em que foca em uma manutenção rápida para garantir a segurança e a fluidez no trânsito, a CMTU trabalha em estudos técnicos para a elaboração de um projeto abrangente para modernizar toda a malha semafórica de Londrina", completa a nota.

mockup