Imagem ilustrativa da imagem Primavera em Londrina: vermelho na terra e nas flores
| Foto: Gustavo Carneiro - Grupo Folha

A pandemia do novo coronavírus enclausurou, por segurança, muitos londrinenses que tinham hábito de caminhar pela cidade. Por conta disso, neste ano, as árvores dos espaços públicos floriram sob menos olhares de admiradores que o costume, mas algumas chamam tanta atenção, que até quem passa apressado, protegido nos veículos, lança um olhar quase sem querer para apreciá-las. Amarelo, branco, roxo, cada época tem a sua cor, agora é a vez do vermelho, cor da terra e da bandeira, agora presente também nos flamboyants de Londrina.

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Na cidade, ela dá nome a avenida e a edifício e é facilmente reconhecida mesmo por quem sabe pouco de botânica, porque pela cor, grandeza e escassez de florada, é difícil não perceber um flamboyant quando está em época das flores. “Ontem eu passei aqui, tirei foto e publiquei nas minhas redes sociais”, conta Elisa Leonardo Stampini Gimenes, 55.

Ela falava sobre o campus da UEL (Universidade Estadual de Londrina), local em que os flamboyants sempre se destacaram em meio a natureza verde. Quem espera ônibus no ponto do CLCH (Centro de Letras e Ciências Humanas) tem o privilégio de contar com o adorno de dois pés frondosos, um de cada lado, como se formassem um portal.

Lá, eles são anualmente reconhecidos pela comunidade, mas como as aulas estão suspensas, dessa vez eles floriram sob menos holofotes. “É muito lindo, eu acho que devia ter mais delas. Eu estou morando em Londrina há um ano e eu amo por causa do verde”, acrescentou Gimenes, que saiu de São Paulo.

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| Foto: Gustavo Carneiro - Grupo Folha

No Lago Igapó, entre os bairros, na região central, no Zerão, eles aparecem e nem sempre acompanhados, mesmo assim, ganham destaque. É que uma unidade da espécie é capaz de fazer grande alarde. “É mais gostoso caminhar aqui com as árvores floridas. Não só flamboyant, tem outras também no meio do verde. Fica lindo!”, comenta Alessandra Pereira, 34.

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No Zerão, a personal trainer caminhava com parceira de exercícios. Em conversa sobre o flamboyant, saiu a percepção de que agora, em que as pessoas estão em quarentena, as flores acabam saltando aos olhos quando saem de casa e dão de frente com uma cidade mais colorida. “O dia fica bonito, dá mais ânimo”, acrescenta Pereira.

A mesma árvore faz sombra e beleza para um vendedor de caldo de cana nos fins de tarde. Na parte da manhã, ela brilha quase sozinha, mas não despercebida. "Por algumas árvores, apesar de floridas, a gente passa e nem observa, mas essa aqui não tem jeito, ela se destaca”, brinca Calisto Francischini, 65.

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O advogado conta que deu uma pausa nas caminhadas durante a pandemia, mas que está retornando gradualmente à rotina. Para ele, é gratificante poder contar, ainda que por apenas um curto período, com a florada das árvores. “É bem melhor, por onde a gente passa tem flores, já vi uma amarela e essa vermelha”, afirma.

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