Presa quadrilha que falsificava moedas
PUBLICAÇÃO
quinta-feira, 20 de abril de 2000
Giovani Ferreira
De Curitiba
A Polícia Federal prendeu uma quadrilha que falsificava moedas e agia há pelo menos dois anos na região Sul do Brasil. Numa operação conjunta entre investigadores federais do Paraná e de Santa Catarina, foram presas cinco pessoas e apreendidos equipamentos e máquinas utilizadas na fabricação das moedas. A prisão aconteceu em Registro (SP), mas a confecção das moedas acontecia em São José (SC).
Os falsificadores que estão presos em Curitiba são José Roberto dos Santos, 25 anos, Márcio José Fogaça, 24 anos, Nabih Roberto Awada, 39 anos, Pedro Corrêa Júnior, 31 anos, e Giácomo Laurenti, 50 anos, de nacionalidade italiana. Os cinco elementos foram autuados em flagrante e irão responder por crime de formação de quadrilha e falsificação de dinheiro, podendo pegar de 2 a 6 anos de prisão.
Os policiais chegaram até a quadrilha a partir da apreensão de R$ 10 mil em moedas falsas, no último dia 7 demarço, na Cidade Industrial de Curitiba. Os investigadores conseguiram apurar que as moedas eram prensadas em algum município da Grande Florianópolis (SC), chegando então ao endereço de um dos falsificadores em São José. No entanto, quando a residência foi identificada, o maquinário e os falsificadores já haviam deixado o local.
De acordo com a delegada Ana Buffara, da Polícia Federal de Curitiba, os investigadores seguiram o trajeto apurado com algumas fontes, descobrindo então que o caminhão com as máquinas passou por Curitiba e seguiu para Registro. Foi então que os policiais continuaram a busca e acabaram encontrando a quadrilha e os equipamentos em uma camionete F-4000 que estava estacionada no quilômetro 444 da BR-116, em frebte ao Restaurante Itatins.
A polícia também atribui aos homens presos a responsabilidade por um lote de 20 mil moedas falsas, no valor de R$ 1,00 cada uma, apreendidas em Curitiba em 10 de março do ano passado. Com essas prisões a delegada Ana acredita que deve diminuir a quantidade de moedas falsas circulando no mercado de Curitiba e possivelmente em Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Apesar de sugerir que a quadrilha fazia o derrame nos três estados, a polícia ainda investiga a extensão da atuação.
A Polícia Federal ainda não identificou a origem das máquinas apreendidas, que tratam-se de prensas e outros equipamentos específicos para a fabricação de moedas.