Imagem ilustrativa da imagem Prefeitura volta a discutir desassoreamento do lago Igapó
| Foto: Arquivo Folha

Assunto de muitas idas e vindas, o desassoreamento do lago Igapó voltou a ser pauta na Prefeitura de Londrina. No início desta semana, representantes das secretarias do Ambiente, Planejamento, Obras, Ippul (Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Londrina), CMTU (Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização) e Sercomtel Iluminação estiveram reunidos com o prefeito Marcelo Belinati para debater a possibilidade de melhorar o principal cartão-postal da cidade.

Um dos encaminhamentos do encontro foi a criação de um grupo de trabalho que deverá elaborar um estudo com todos os cenários possíveis sobre o desassoreamento do Igapó um, dois, três e quatro. O documento, que não tem prazo para ficar pronto, deverá ser apresentado ao chefe do Executivo municipal. A coordenação será da Sema.

“O município tem que estabelecer qual vai ser o projeto. Onde aquele material vai ser destinado, licença ambiental, quanto tempo vai demorar uma obra como essa, se vai ser dragagem ou retirado por máquinas. Tudo isso está sendo discutido”, pontuou o secretário municipal de Planejamento, Marcelo Canhada.

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HISTÓRICO

Criado em 1959, o lago Igapó vem sendo penalizado há vários anos com a falta de um cuidado ambiental efetivo e com diversas construções em seu entorno. Em alguns pontos, a quantidade de resíduos e terra acumulados é tão grande que o volume de água é baixo, sendo possível até caminhar dentro do lago.

Em quase 62 anos de existência, o lago já foi esvaziado cinco vezes. A última foi em 2001, na gestão do ex-prefeito Nedson Micheleti. Na oportunidade, o lago dois foi esvaziado para reparos na ponte da avenida Higienópolis. Já o anunciado desassoreamento nunca terminou e os resíduos voltaram a ser encobertos pela água.

O último estudo envolvendo o tema foi apresentado em 2015 pelo Instituto das Águas do Paraná. Na época, o levantamento apontou que o Igapó possuía 321 mil metros cúbicos de sedimentos, sendo que o lago dois era o mais assoreado, com 99 mil metros cúbicos de resíduos. Há três anos, milhares de pequenas bolas compostas por lactobacilos, leveduras e bactérias fotossintéticas foram jogadas no lago com a promessa de despoluição, entretanto, o resultado objetivo da ação nunca foi apresentado.

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| Foto: Roberto Custódio

CONTA CARA

Segundo Canhada, existe um compromisso do Governo do Estado para colaborar no serviço com verba. O secretário também afirmou que espera ajuda da Sanepar, que na visão dele, deveria ter sido obrigada a fazer o desassoreamento na renovação de contrato, em 2016. “Essa conta sobrou para os cidadãos de Londrina, que vão ter que pagar para ter um lago saudável na questão ambiental”, criticou “A cidade cresceu ao redor e as áreas foram impermeabilizadas. Isso faz com que mais água escorra para o lago”, acrescentou.

Ainda não existe uma previsão sobre qual seria o custo para limpar e desassorear o Igapó, mas uma constatação é certa: ficará na casa dos milhões de reais.

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