Lucinéia Parra
De Maringá
A Prefeitura de Maringá vai exigir uma série de mudanças no funcionamento dos parquímetros na área central da cidade. Instalado em dezembro do ano passado, os parquímetros têm gerado muitas críticas por parte dos motoristas e até dos comerciantes. As principais reclamações são referentes ao número reduzido de postos de venda dos bottons necessários para acionar os parquímetros, o alto valor da multa e o tempo mínimo de tolerância para o uso das vagas sem acionar o sistema.
De acordo com o secretário de governo da prefeitura, José Vieira, as mudanças serão discutidas com diretores da Tecpark – empresa responsável pela instalação e manutenção dos parquímetros – e devem entrar em vigor ainda hoje. ‘‘A pedido do prefeito Jairo Gianoto (PSDB), vamos propor várias mudanças porque o objetivo do sistema não é aplicar multas e sim disciplinar e garantir maior rotatividade das vagas de estacionamento no centro da cidade’’, explicou.
Vieira garantiu que a prefeitura vai propor à Tecpark a redução da multa de R$ 7,00 para R$ 3,50, a ampliação do tempo de tolerância de 7 minutos para 15 minutos e a contratação de mais funcionários para orientar os motoristas. ‘‘A principal reclamação é sobre a falta de gente para orientar sobre o funcionamento do sistema, por isso estamos exigindo que a empresa preste um melhor atendimento’’, disse. Sobre o aumento dos pontos de vendas dos bottons, Vieira afirmou que a prefeitura também vai solicitar providências à Tecpark. ‘‘Mas temos que ter um pouco mais de paciência porque toda implantação de um novo sistema leva um certo tempo para se adequar’’.
Na opinião do secretário, o maior problema de rejeição do sistema por parte dos usuários é o valor da multa. ‘‘Vamos reduzir o valor. Além disso, queremos que a Tecpark oriente os seus funcionários para que não apliquem as multas antes de conversar com o usuário e explicar a ele como funciona o sistema’’, disse. Segundo o secretário, as multas só vão ser aplicadas em casos de reincidência.
O gerente da Tecpark, Denis Cremonese, disse ontem à Folha que a empresa ainda não tem uma posição sobre as mudanças. Ele adiantou que, a princípio, a Tecpark concorda com algumas alterações, mas que dependem de conversações para serem efetivadas. ‘‘O que gerar ônus para a empresa teremos que rever’’, avisou. Cremonese acredita que até o meio da semana as mudanças estarão definidas.