Prefeitura tenta impedir o funcionamento do Café Deck
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sexta-feira, 21 de novembro de 1997
Cláudia Lopes Londrina
Josoé de CarvalhoIncômodoA veterinária Sandra Oka, vizinha do Cinema Café: barulho na madrugada de domingo atingiu 60 decibéis Os secretários da Fazenda e de Obras da Prefeitura de Londrina, Luiz César Guedes e José Righi de Oliveira, entram hoje com ação demolitória e ação de embargo judicial do Deck Café, inaugurado ontem em Londrina. A obra foi embargada pela Prefeitura há cerca de um mês. Os proprietários apresentaram um projeto de reforma de uma residência mas acabaram construindo onde antes havia uma piscina e churrasqueira, desrespeitando o recuo de 15 metros determinado pela lei federal que estabelece proteção a mananciais e fundos de vale, diz Righi. O Deck fica às margens do lago Igapó, na avenida Higienópolis.
Righi conta que até o final da tarde de ontem não havia sido informado sobre a existência de uma possível liminar judicial, autorizando a abertura do Deck Café. Mesmo que haja a liminar, o funcionamento está irregular e entraremos com recurso ainda hoje para tentar cassá-la. Segundo ele, outra irregularidade é que o alvará provisório concedido pela Prefeitura é para funcionamento de um bar-restaurante e não de uma boate.
Um dos proprietários da casa de shows, Fernando Moya de Moraes, garante que está amparado por três leis municipais. A lei de zoneamento comercial determina que podemos construir em 100% da área térrea. Também temos o amparo da lei turística-recreativa e de uma lei que autoriza a construção deste tipo de cobertura, afirma. Ele diz ter obtido ontem uma liminar judicial assinada pelo juiz Manoel Sebastião da Silveira Filho, da 1ª Vara Cívil, autorizando o funcionamento do Deck. Estamos em situação semelhante ao Iate Clube e as demais residências que ficam às margens do Igapó.