Campo Mourão - A Secretaria Municipal de Controle, Fiscalização e Ouvidoria de Campo Mourão realizou ontem de madrugada a retirada de 11 barracas de camelôs da área central da cidade. Todas as barracas haviam sido fechadas pela prefeitura há 10 dias e ontem venceu o prazo para que elas fossem retiradas do local. A maior parte estava nas praças São José e Getúlio Vargas e no Calçadão.
''Os donos das barracas tiveram prazo para providenciarem a remoção. Como não isso não foi cumprido, a prefeitura teve que tomar a iniciativa'', explicou o secretário Cristiano Calixto. As barracas foram levadas para o almoxarifado municipal. Segundo Calixto, os proprietários podem ir buscá-las, desde que paguem R$ 50,00 pela despesa da remoção e mais R$ 19,00 de taxas da prefeitura.
Das 11 barracas, cinco vendiam produtos contrabandeados do Paraguai e as outras seis comercializavam doces e salgados. O fechamento aconteceu porque a legislação municipal proíbe o funcionamento de barracas em praças e logradouros públicos. A lei é dos anos 60, mas algumas barracas existiam há 20 anos, o que irritou os barraqueiros. A prefeitura deixou de liberar alvará aos camelôs há cerca de oito anos.
Os barraqueiros recusaram a oferta a prefeitura de se mudarem para o Mercado Municipal. No domingo, um grupo deles aproveitou a Festa Nacional do Carneiro no Buraco para distribuir panfletos no Parque de Exposição criticando a prefeitura. No panfleto, eles dizem que a administração agiu de forma truculenta e covarde e que os camelôs foram ''tratados como bandidos, presos e humilhados.''
''O sr. Prefeito ao tentar resolver um problema de embelezamento da cidade, causou um problema maior, um caos social'', frisou um trecho do panfleto que recebeu o título de ''1 Vergonha Nacional do Camelô no Buraco.'' A prefeitura não aceitou manter as barracas na área central até uma solução definitiva do problema alegando que as praças e a rodoviária velha passarão por uma grande reforma nos próximos dias.