Nesta segunda-feira (23) a Comissão de Licitação da Prefeitura Municipal de Londrina recebeu de três empresas os envelopes lacrados, contendo documentos das concorrentes e propostas comerciais, para executar a obra de adequação geométrica, o chamado “oitão”, no trecho de cruzamento entre a avenida Madre Leônia Milito e a rodovia PR-445, na zona sul. O projeto da obra foi desenvolvido pelo Ippul (Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Londrina) e prevê duas rotatórias próximas, formando o traçado do número oito. Elas serão executadas próximo ao pontilhão da rodovia.

O intuito é melhorar o fluxo de veículos na região, trazendo mais segurança a motoristas e pedestres. Segundo o secretário municipal de Gestão Pública, Fábio Cavazotti, as propostas variam de R$ 991 mil a R$ 1,022 milhão.

A execução inclui serviços de drenagem, terraplanagem, demolição e retiradas, fresagem e recape asfáltico, calçadas para pedestres, gramados, entre outros. Finalizado o processo licitatório, a empresa vencedora deverá concluir os trabalhos em até 120 dias corridos, contados a partir da emissão da ordem de serviço. “Os envelopes já foram encaminhados para a secretaria de Obras, que fará a análise”, destacou Cavazotti.

IPPUL

De acordo com a presidente do Ippul, Denise Ziober, ”quando fizeram a transposição ali, não fizeram as alças que a gente costuma ver em rodovias, que são os trevos, para garantir todos os movimentos. Não podendo fazer a desapropriação para essas grandes alças, pois estamos dentro da malha urbana, nós encontramos a proposta de oitão que já foi feita no fim da avenida Ayrton Senna, próxima da Unopar (Catuaí) com sucesso ”, destacou. “Hoje, para fazer o retorno, a pessoa tem que ir à rotatória do Alphaville ou cortar o canteiro central, o que é ruim; e quem vem de Curitiba a Londrina, se sair antes, precisa fazer o retorno na rotatória do chafariz. Com a adequação ele poderá fazer esses giros todos debaixo do viaduto”, detalhou.

Ela explicou que se trata de uma obra de geometria e possui um custo relativamente barato. “Que permite quem vem dos condomínios fazer o retorno embaixo do viaduto e acessar a rodovia para qualquer lado que queira ir. “Isso facilita e alivia o carregamento viário da Madre Leônia, por exemplo, que tem vários fluxos desnecessário para fazer o retorno na rotatória do chafariz."

A adequação viária também vai garantir um transporte coletivo de qualidade, permitindo maior utilização na região. Além disso, a obra deverá direcionar o desenvolvimento urbano de forma ordenada. "Têm linhas de ônibus de Cambé que vêm por trás da UEL e fazem o retorno pela rotatória do chafariz para voltar para Cambé. Saturar o tráfego porque você não tem as alças de retorno naquele cruzamento é um absurdo. A adequação vai liberar sistema viário no entorno, tanto na Madre Leônia Milito, quanto na Mábio Palhano e permitirá que os motoristas busquem seus acessos de forma mais direta”, projetou a presidente do Ippul.

Em relação aos raios da rotatória, que serão menores que os do oitão da avenida Ayrton Senna, ela explicou que o Ippul trabalha com as normas do Dnit e Contran. “Estão dentro das normas. Teve necessidade de desapropriação de uma faixa pequena para dar acesso a uma rampa de descida para que fosse mais suave. Ela estava muito em cima da base do viaduto e foi alargada para encaixar a rotatória ali. Vai entrar um pouco no terreno de quem vem de Cambé para Londrina, para quem vai ao Shopping Catuaí”, explicou.

MOBILIDADE

Quem passa pela Madre Leônia Milito no horário de pico sabe que a região está com vários gargalos que impedem o bom andamento do fluxo de veículos. Segundo o secretário de Gestão Pública, o “oitão” é uma das obras projetadas devido ao grande crescimento na zona sul e na região dos condomínios (zona oeste). Ele explicou que ela faz parte de um conjunto de modificações que tem sido realizado para atender ao aumento de fluxo na região para aumentar a mobilidade.

“Recentemente aumentamos a terceira pista na avenida Ayrton Senna e para o futuro já estamos trabalhando em projeto de viabilidade para a construção de uma trincheira na Ayrton Senna com a avenida Madre Leônia Milito. A ideia é fazer a passagem em desnível e o estudo do projeto é para que seja licitado no próximo governo", destacou.

Há projeto para dar continuidade à avenida Waldemar Spranger, depois do cruzamento com a PR 445. "Também vamos dar sequência ao estudo de viabilidade para a sequência da avenida Faria Lima. Vamos pavimentar a rua Constantino Pialarissi, que passa o lado da UEL, próximo à entrada da reitoria. A pavimentação dessa via é para criar outra saída para quem vive nos condomínios", relatou.

FARIA LIMA

E ao citar a Faria Lima, ele admitiu que a obra de duplicação está bastante atrasada. “Não houve rescisão do contrato, porque o entendimento é de que a obra está evoluindo. Levaria mais tempo para interrupção do contrato atual e a contratação do segundo colocado do que dar prazo a mais para a empresa finalizar. Temos expectativa de finalizar até o fim deste ano”, destacou.