Prefeitura pretende adotar deslocamento de servidores via táxi
Proposta é lançar licitação para contratar serviço como forma de gerar economia e leiloar carros antigos da frota municipal
PUBLICAÇÃO
quinta-feira, 16 de março de 2023
Proposta é lançar licitação para contratar serviço como forma de gerar economia e leiloar carros antigos da frota municipal
Pedro Marconi
A secretaria de Gestão Pública de Londrina se prepara para publicar em até, no máximo, três meses uma licitação visando contratar uma empresa que trabalha com transporte de aplicativo para a locomoção dos servidores do município nos horários de expediente. Deverão ser autorizados a participar do certame as entidades que são devidamente regulamentadas, no caso de Londrina, os táxis. O poder público municipal tem cerca de dez mil funcionários.
A prefeitura tem aproximadamente 800 veículos, incluindo maquinários e caminhões, sendo que entre 120 a 150 estão com quilometragem alta ou com ano de fabricação acima dos dez anos. “Fizemos um estudo junto com o Nugep (Núcleo Interdisciplinar de Gestão Pública), da UEL (Universidade Estadual de Londrina), que apontou que os veículos que ultrapassam sete, oito anos de uso ou com quilometragem alta começam a ter custo por quilômetro rodado mais alto, a eficiência já não é a mesma e tem mais gasto com a manutenção”, afirmou Fábio Cavazotti, secretário de Gestão Pública.
A ideia é que os trajetos dentro da cidade, como reuniões, formações e eventos, sejam feitos com os carros que atendem via aplicativo. Cavazotti destacou que a conclusão é de que este projeto é viável e poderá gerar uma economia de cerca de R$ 500 mil por ano para os cofres do município. “O processo passou por estudo técnico preliminar, tramitando pela nova Lei de Licitações, e mostrou ser vantajoso se desfazer de veículos antigos e utilizar a frota de táxi”, ressaltou.
O procedimento administrativo para tornar a proposta uma realidade já está tramitando e atualmente as demais secretarias serão demandadas. “Cada secretaria vai fazer a estimativa de quanto vai precisar em quilômetros deste serviço para podermos lançar o edital”, explicou. “Estamos estudando a possibilidade de eliminar a bandeira e colocar um desconto sobre o preço regulado (como critério para definir o vencedor)”, adiantou.
TRANSPARÊNCIA
Recentemente, a prefeitura autorizou o reajuste nas corridas de táxi, que agora têm R$ 6,61 como valor para a largada e R$ 4,04 para cada quilômetro rodado. Nos percursos com bandeira dois o passageiro paga R$ 4,40. O último aumento havia sido em 2016. “É um sistema que traz segurança, porque esses aplicativos mostram o trajeto, as informações ficarão disponíveis, o que dá transparência, segurança e reduz o mau uso e trajetos mais longos”, garantiu.
A proposta é que o dinheiro economizado também possa ser utilizado na aquisição de novos veículos. “É uma otimização do sistema de mobilidade dos servidores municipais, reduzindo o custo do quilômetro rodado. A ideia é leiloar os veículos antigos e com esse recurso comprar carros mais novos para os usos que não podem ser feitos por aplicativo, como o trabalho dos fiscais da Fazenda, Obras, serviços da Saúde, da Agricultura, que os servidores vão até estradas rurais.”
CONSÓRCIO
De acordo com a presidente do Sindicato dos Taxistas de Londrina, as duas associações que existem na cidade deverão participar juntas do certame. “Será feito um consórcio para que todos os taxistas possam atender as corridas, com a central enviando o carro mais próximo”, pontuou Keity Rocha. Atualmente são 394 licenças no município, sendo 331 motoristas com documentação em dia e rodando. A diferença é de pessoas que faleceram ou pararam de trabalhar.
As associações já atuam neste sistema proposto pela prefeitura por meio do programa TaxiGov, do governo estadual, lançado em 2020. “Estamos bem animados. Pedimos há algum tempo para o prefeito (Marcelo Belinati), conversamos com um vereador sobre essa ideia”, contou.
Rocha ainda relatou que as corridas diminuíram cerca de 70% com a chegada dos carros por aplicativo, porém, a categoria registrou um crescimento de 40% até novembro do ano passado. “Surgiram novos nichos e estamos nos adaptando, com entregas em que as pessoas não podem ir, temos táxi executivo, no modelo picape”, elencou.
****
Receba nossas notícias direto no seu celular! Envie também suas fotos para a seção 'A cidade fala'. Adicione o WhatsApp da FOLHA por meio do número (43) 99869-0068 ou pelo link wa.me/message/6WMTNSJARGMLL1.