O tão prometido, e sonhado, viaduto do Grêmio voltou a ser pauta da Prefeitura de Londrina. Na semana passada, representantes do município se reuniram na cidade com integrantes do DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), para tratar da estrutura, que na verdade seria construída na altura da avenida Angelina Ricci Vezzozo, na zona leste. O DNIT reassumiu o controle para manutenção e conservação da BR-369 após o fim dos contratos de pedágio.

O viaduto é uma reivindicação de moradores da região e da sociedade civil organizada há, pelo menos, 26 anos. A concessionária de pedágio chegou a doar o projeto da obra para o poder público municipal e em 2018 a então governadora Cida Borghetti assinou a ordem de serviço para licitar as intervenções, porém, a edificação – que custaria cerca de R$ 22 milhões, na época - nunca saiu do papel.

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O DER-PR (Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná), que tinha a responsabilidade pela rodovia, teria recusado o projeto. “Estão reavaliando no DNIT se o projeto tem condição de ser revisado de acordo com a ideia original. Seria uma das obras mais importantes de Londrina, pois, muitas pessoas já morreram neste trecho da avenida Brasília. Temos uma expectativa favorável para o DNIT chancelar o projeto”, afirmou o secretário municipal de Planejamento, Marcelo Canhada.

A construção seria bancada com recursos estadual e federal. “Se os técnicos do DNIT entenderem que o projeto está seguindo seus parâmetros, vamos fazer um trabalho no sentido de convencer o governo do estado e federal a realizar a obra. O governador Ratinho Junior, por exemplo, já acenou que tem interesse em fazer esta obra”, destacou. “É preciso estar dentro de todas as normas para obter a aprovação”, avisou o supervisor da unidade do DNIT em Londrina, Eduardo Barros Rocha, em entrevista ao Núcleo de Comunicação da prefeitura. A análise será feita pela superintendência de Curitiba.

VER PARA CRER

Quem mora, trabalha ou passa pela BR-369 mostra ceticismo quanto a possibilidade de o projeto virar realidade. “Eles falam há tanto tempo desse viaduto, que duvido que vão construir. Já mudou prefeito, governador, presidente e nunca teve nenhum fato que desse esperança desse viaduto ser feito para dar mais segurança e melhorar o trânsito”, reclamou o mecânico Vanderlei Alvarenga. “O viaduto seria melhor em frente ao antigo Grêmio, ali que é o problema maior. Mas, se construírem nessa região já será lucro”, comentou o autônomo Reinaldo Fernandes.

Durante a abertura oficial da ExpoLondrina, entidades de classe, incluindo a Sociedade Rural do Paraná, aproveitaram a presença do governador do Paraná para entregar a ele uma lista com demandas locais identificadas pela Comissão de Desenvolvimento e Infraestrutura Norte do Paraná, entre elas o viaduto do Grêmio.

TRAVESSIA PARA PEDESTRES

Na reunião com representantes do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes, também foi solicitada a confecção do projeto e autorização para construir uma passarela para pedestres na BR-369, nas proximidades do jardim do Sol e Shangri-lá B, na zona oeste. “Eles acreditam que tem o projeto e deverão autorizar. Ali moram milhares de pessoas e muitas ficam de um lado da rodovia, mas estudam, procuram posto de saúde, UPA (Unidade de Pronto Atendimento) e Cras (Centro de Referência de Assistência Social) do outro lado. Essa passarela é necessária e urgente”, ressaltou Canhada.

Caso haja a liberação, a passarela seria construída pelo município, com recursos próprios. A reportagem procurou o DNIT, via assessoria de imprensa, no entanto, não obteve resposta até a finalização da matéria.

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