Prefeitura deve retirar 400 famílias de invasores
PUBLICAÇÃO
terça-feira, 25 de fevereiro de 1997
O presidente em exercício da Copel, Lindolfo Zimmer, afirmou ontem que os 28 quilômetros que serão ocupados pelo Linhão do Emprego, projetado pela prefeitura, pertencem a uma área nobre. Para ele, seria um desperdício que (esses 28 quilômetros) não tivessem uma utilização plena.
Ele admitiu que alguns trechos estão ocupados irregularmente. Segundo a Cohab, 401 domicílios estão instalados em seis áreas ocupadas ao longo do trajeto do linhão, considerado região de segurança da Copel.
O gerente do Departamento de Alienação e Legalização Imobiliária Extra Judicial da Copel, Albino Mateus, declarou que o acordo assinado ontem, prevê a retirada destas famílias pela prefeitura. A Copel entra apenas como colaboradora neste projeto, admitiu. A prefeitura possui uma política de desocupação de áreas públicas, que será utilizada neste caso, administrada pela Cohab.
O presidente da Copel explicou que, além do combate à invasão de terras e ao vandalismo, a instalação do Linhão do Emprego irá melhorar as condições de segurança nas faixas localizadas abaixo das linhas de transmissão de alta tensão. Além disto, a Copel passa a evitar gastos com limpeza e manutenção destes terrenos.
As ocupações estão assim divididas: 36 domicílios no Bairro Alto, 187 no Tarumã, 30 no Cajuru, 113 no Boqueirão, 30 no Pinheirinho/Capão Raso e cinco no Sítio Cercado. Todas terão uma solução para que possam receber os barracões que vão abrigar as micro e pequenas empresas selecionadas.