Marcos Zanatta
De Maringá
As chuvas fortes que caem quase que diariamente em Maringá desde o final de dezembro, obrigou o Serviço Autárquico de Obras da prefeitura (Saop) a terceirizar a limpeza das bocas-de-lobo. O entupimento de galerias, principalmente por lixo jogado por moradores, tem sido o principal problema de estragos durante as chuvas mais fortes.
‘‘Já fizemos de tudo para conscientizar a população, mas a única saída é mesmo colocar mais gente limpando as galerias’’, lamenta o presidente do Saop, Ivo Spildora de Barros. Serão contratadas mais duas turmas de funcionários, que começam a trabalhar na próxima semana.
O serviço é realizado por oito homens do Saop e o rendimento do trabalho depende das condições da galeria. São mais de 40 mil bocas-de-lobo. Dependendo das condições é preciso trocar a tubulação. ‘‘Na Vila Vardelina – bairro pobre da periferia – tivemos que trocar 87 tubos para desentupir a galeria’’, disse Barros. Dentro dos tubos retirados os operários encontraram desde folhas em excesso até pneus.
Outro problema enfrentado pelo Saop, revela Barros, é a retirada de tampas das bocas-de-lobo. Sem a tampa os moradores jogam objetos maior que a tubulação. Com o tempo a sujeira que poderia ser levada pela água das chuvas entope toda galeria. ‘‘Não sabemos mais o que fazer’’, diz o dirigente do Saop. Ele calcula que nos casos mais extremos, o serviço de limpeza tem um custo superior a R$ 1 mil. ‘‘É o consumidor quem paga’’, frisa.
Mesmo na área central, onde a varrição é mais constante, os operários encontram lixo nas galerias. Principalmente garrafas plásticas descartáveis. ‘‘No centro, o diâmetro dos tubos é menor, o que provoca o entupimento mais rápido’’, explica Barros. Para evitar novos alagamentos, o Saop está ampliando as áreas de captação, instalando bocas-de-lobo com maior capacidade ligadas a galerias mais largas.