A Prefeitura de Londrina está contratando junto ao Hospital do Coração mais 50 leitos de UTI para atender pacientes londrinenses com a Covid-19. O protocolo de intenção foi assinado no final desta tarde e o contrato deverá ser efetivamente assinado ainda nesta sexta-feira (29). O contrato é de 60 dias, com possibilidade de prorrogação por mais 60, com valor de R$ 1.600 a diária e R$ 5 milhões no total.

"São 50 novos leitos (de UTI) disponíveis para a população de Londrina que não tem convênio ou podem pagar (por atendimento) particular", disse o prefeito Marcelo Belinati em coletiva de imprensa no final da tarde desta sexta-feira (29).

Com os novos 50 leitos, Londrina terá no total 401 leitos de UTI até o final de junho. São novos 132 leitos de UTI contratados no município desde o início da pandemia para o atendimento a pacientes de Covid-19 pelo SUS (Sistema Único de Saúde), já contando com os 82 leitos de UTI do Hospital de Campanha do Hospital Universitário.

O diretor do Hospital do Coração, Dr. Roberto Galhardo, afirmou que o contrato vem em um momento em que a ociosidade de leitos na instituição aumentou com a suspensão de procedimentos eletivos após a pandemia. "É extremamente oportuno para a gente simplesmente realocar equipamento, pessoal e evitarmos dois transtornos fundamentais. Primeiro a gente entra para valer no enfrentamento da pandemia, e segundo, é uma chance muito grande de o hospital ter uma necessidade muito diminuída de ter que despedir colaboradores, ter contratos que não pode celebrar ou que não pode cumprir."

O chamamento de instituições particulares de saúde continua aberto e a expectativa é que mais leitos sejam contratados em outros hospitais particulares e filantrópicos da cidade. O objetivo é ampliar a capacidade de leitos de UTI na cidade para desafogar o atendimento em hospitais dedicados ao tratamento de pacientes de Covid-19.

"Estamos trabalhando junto à Santa Casa e outros hospitais para que a gente possa ampliar mais leitos de UTI e tenha a retaguarda necessária para tratar pacientes com outras patologias para que hospitais que estejam atendendo pacientes de Covid tenham a condição de tratar essas pessoas", explicou Belinati.