Prefeitura contrata empresa para conclusão de sede da Educação
Município escolhe nova empreiteira ao custo de R$ 3,3 milhões; obra está parada há meses e até agora foram executados 9% do serviço
PUBLICAÇÃO
terça-feira, 19 de janeiro de 2021
Município escolhe nova empreiteira ao custo de R$ 3,3 milhões; obra está parada há meses e até agora foram executados 9% do serviço
Pedro Marconi - Grupo Folha

A Prefeitura de Londrina homologou a contratação de empresa para concluir a reforma e ampliação do prédio que vai abrigar a sede da secretaria municipal de Educação. A medida acontece um ano depois que o vínculo anterior foi rompido, em razão de problemas com a empreiteira que havia vencido a licitação.
Uma construtora com sede na cidade foi declarada a ganhadora da obra, que terá custo de R$ 3,3 milhões. São R$ 200 mil a menos que o valor máximo previsto, no entanto, o montante é R$ 1,1 milhão superior ao primeiro edital. “A secretaria de Obras fez uma atualização do valor pela tabela Sinapi (Sistema Nacional de Preços e Índices para a Construção Civil). Como a empresa anterior não finalizou a obra e tivemos que licitar de novo, o orçamento foi atualizado”, justificou o secretário municipal de Gestão Pública, Fábio Cavazotti.
Seis empresas participaram do novo certame, publicado em outubro do ano passado. Quatro foram inabilitadas. A partir da ordem de serviço são oito meses para conclusão dos trabalhos. “Agora é assinar o contrato. Estamos nesta fase. Nesta semana finalizamos o contrato e liberamos para ordem de serviço”, projetou. A vencedora é a mesma que está ampliando a Maternidade Lucilla Ballalai e fez a reforma do PAI (Pronto Atendimento Infantil).
A primeira tentativa de reformar o espaço do antigo Mercado Quebec começou em agosto de 2019. No final daquele ano o município desfez o contrato com a empreiteira de Jandaia do Sul (Noroeste) - que também era responsável pela revitalização do Moringão - sob alegação de falta de certidões negativas e demora para evolução dos serviços. A multa foi de R$ 440 mil. O trato do ginásio também foi interrompido.
INCÔMODO
Foram executados apenas 9% do total previsto, com a obra ficando parada desde então. Percentual que é visível por aqueles que passam em frente ao local. Partes de estruturas que começaram a ser construídas, mas pararam, se somam às marcas de deterioração do prédio já existente. A edificação foi toda isolada, entretanto, apresenta sinais de tentativas de invasão. Além disso, o mato cresce por todo o terreno.
Quem vive na região ou trabalha próximo se diz incomodado com a situação. “É feio para a cidade e uma falta de consideração com a população termos uma obra pública nesse estado. A decisão de romper o antigo contrato pareceu correta, mas não pode demorar praticamente um ano para termos a retomada, que vai longe ainda até ficar tudo pronto”, opinou o gerente aposentado Vanderlei Ferreira.
O prosseguimento das intervenções prevê a construção de um mezanino, o que vai possibilitar ampliação no prédio em mais 1.400 metros quadrados para instalação de banheiros, copa, sala de eventos e reuniões. O telhado será totalmente trocado por telhas isotérmicas. Atualmente a secretaria Educação está numa sede alugada, na rua Mar Vermelho, zona sul, pagando aproximadamente R$ 30 mil mensais.
TERMINAL CENTRAL
A licitação que busca contratar o serviço de elaboração dos projetos para reforma do Terminal Central teve uma empresa interessada. O gasto máximo previsto é de R$ 486 mil. De acordo com a CMTU (Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização) o processo está em fase de análise de habilitação e, por isso, não pode dar maiores detalhes. “Esperamos que a decisão saia a mais rápido possível.”

O terminal, que tem uma área de 15 mil metros quadrados, será expandido em 6,8 mil metros quadrados no piso superior. O Observatório de Gestão Pública de Londrina questionou diversos pontos do edital, entre eles, o prazo dado para término do documento, de 90 dias. A companhia respondeu os argumentos e garantiu que o período estipulado é factível.

