O prefeito Marcelo Belinati (PP) assinou um decreto na noite desta segunda-feira (31) permitindo a retomada do funcionamento dos clubes sociais de Londrina, mas com uma série de restrições. A medida foi publicada no Jornal Oficial do Município e já está valendo. As entidades ficaram fechadas por cinco meses. Nesse período, elas se reuniram diversas vezes com a prefeitura e apresentaram um plano de reabertura, mas o planejamento era frustrado porque a Covid-19 estava evoluindo na cidade, como justificou a administração municipal.

Imagem ilustrativa da imagem Prefeito autoriza reabertura de clubes em Londrina, mas proíbe esportes coletivos
| Foto: Reprodução/Londrina Country Club

Apesar da autorização, Belinati proibiu atividades coletivas de lazer e esportivas, como também festas, eventos e comemorações nos clubes. Modalidades individuais, como tênis, foram permitidas. Entram ainda nesta lista os restaurantes e lanchonetes instalados dentro das associações. Funcionários idosos, portadores de doenças crônicas e gestantes devem trabalhar em casa. Todos terão que usar máscaras, usar álcool gel e medir a temperatura dos associados.

Segundo o decreto, os clubes não poderão comportar mais do que 30% de sua capacidade total. Banheiros, fraldários, brinquedotecas, playgrounds, salas de jogo, vestiários, piscinas, saunas e banheiras não podem ser utilizados. Os bebedouros serão lacrados para que a pessoa não aproxime a boca para beber água.

Academias de ginástica e musculação poderão operar com as seguintes regras: recomendação de idosos e menores de 16 anos de não frequentarem o espaço, exceto em decorrência de prescrição médica; aulas com duração de, no máximo, 45 minutos para possibilitar uma higienização adequada; desinfecção de equipamentos e aparelhos, como colchonetes, barras e pesos; distância de dois metros entre os usuários durante os exercícios e proibição do uso de luvas, almofadas, faixas e cordas.

Presidente do Londrina Country Club, Luciano Bucharles gostou do decreto, mas disse que alguns serviços também poderiam voltar com todas as precauções. "De modo geral, precisávamos reabrir. Nós já estávamos preparados para essa reabertura porque treinamos nossos colaboradores a seguirem todas as determinações. Acredito que o banho de sol, por exemplo, poderia ser liberado de forma bem controlada. Porém, entendemos a posição do prefeito em, pelo menos nesse momento, impedir isso", explicou.

Os clubes deverão fiscalizar o cumprimento das regras. Se isso não for obedecido, correm o risco de serem penalizados, inclusive criminalmente. O decreto municipal indica que os infratores poderão ser enquadrados nos artigos 268 (infringir determinação do poder público destinada a impedir propagação de doença contagiosa) e 330 do Código Penal, que cita a desobediência a ordem legal de funcionário público.