Paçoca tem dois anos e quando filhote passou por ansiedade de separação por ficar sozinha em casa. “Nós fizemos adestramento e conseguimos melhorar esses sintomas, tornando a vida dela sozinha um pouco mais tranquila, no entanto, até hoje sentimos que ela fica muito mais confortável quando tem companhia”, conta a tutora Amanda Ortiz, 26.

Amanda Ortiz, comerciante:  "Ela contribui bastante para a minha saúde mental”
Amanda Ortiz, comerciante: "Ela contribui bastante para a minha saúde mental” | Foto: Roberto Custodio

Com a pandemia de coronavírus, Paçoca fica mais tranquila. A comerciante, que antes ficava das 8 às 18h30 fora de casa, está trabalhando em sistema home office desde março. “Ela se apresentou mais tranquila, porque como estou em casa, na pausa para o almoço ou durante o dia mesmo, acabamos jogando uma bolinha, interagindo com ela, conversando enquanto trabalho”, menciona.

Antes, Ortiz e o companheiro usavam o período da noite para interagir com o animal. Com o home office, consegue interagir mais e utilizar o tempo que ela teria com deslocamento para as brincadeiras. Porém, a comerciante explica que foi necessária a adaptação para Paçoca acompanhar a rotina.

“Ela demorou alguns dias para entender que quando eu estou sentada em frente ao notebook, eu não posso dar atenção pra ela. Agora, ela já acostumou”, conta. Por estar mais em casa, Ortiz também conseguiu observar melhor o comportamento do animal e acompanhá-lo em um problema grave de saúde.

A pandemia também mudou a rotina da Paçoca. Os passeios, que eram realizados duas vezes ao dia, diminuíram para um só, agora mais longo e em horários mais calmos. No retorno, ela passa pela higienização das patas.

Porém, a comerciante avalia que todas essas mudanças, por enquanto, fizeram bem. “Antes, quando nós chegávamos do trabalho, ela sempre chorava, latia de alegria e corria roer o brinquedo para se acalmar. Agora, estando em casa, esses picos de ansiedade não acontecem com tanta frequência, ela rói os brinquedos quando quer roer, sem ansiedade”, afirma. Sinal de atenção para o retorno da rotina anterior.

Ortiz revela que Paçoca se comporta melhor com companhia em casa, mas para a tutora ter um cãozinho em casa também fez diferença nessa pandemia. “Querendo ou não, é uma interação que eu tenho durante o dia. Se não fosse ela, eu não teria interação alguma a não ser on-line. Ela contribui bastante para a minha saúde mental”, comenta.