Quem fez o agendamento para receber a dose bivalente da vacina contra a Covid-19 neste sábado (29) na Unidade Básica de Saúde (UBS) da Vila Brasil (região central de Londrina) se deparou com bastante movimento durante as primeiras horas da manhã. Apesar do movimento, ninguém precisou esperar muito para ser atendido, já que a aplicação se mostrava ágil e rápida. Pessoas de várias faixas etárias compareceram, já que o imunizante está liberado para a população a partir dos 18 anos.

Neste sábado, quatro postos de saúde de Londrina estão abertos para vacinar as pessoas que fizeram o agendamento, sendo que, no total, foram abertas 2.400 vagas para a população a partir dos 18 anos. Para a semana que vem, a Secretaria de Saúde disponibilizou mais 4 mil vagas.

Felipe Machado, secretário municipal de Saúde, esteve na UBS da Vila Brasil na manhã deste sábado e ressaltou que o mutirão de vacinação foi motivado pela ampliação do grupo apto a receber a dose bivalente. Desde a última terça-feira (25), estão aptas a se vacinar as pessoas acima de 18 anos que tenham cumprido ao menos o protocolo inicial (primeira e segunda dose) há quatro meses. Segundo o secretário, Londrina tem 70 mil pessoas neste grupo.

“Entre terça e sexta-feira (28), nós tínhamos pouco mais de 2.600 vagas e, com o anúncio [da ampliação do público-alvo], rapidamente essas vagas foram sendo preenchidas. Então, para aproveitar esse fim de semana e para utilizar o estoque de vacinas do município, que é de 36 mil doses, nós optamos por abrir quatro UBS com 600 vagas cada”, explica. Os postos de saúde abertos neste sábado são: UBS da Vila Brasil, UBS Eldorado, UBS Alvorada e UBS Vila Nova.

Imagem ilustrativa da imagem População movimenta UBS em Londrina para receber vacina bivalente
| Foto: Jéssica Sabbadini

Machado também destaca que, ao abrir a vacinação para um novo grupo, cerca de 10% a 15% das pessoas incluídas na faixa etária buscam de imediato a dose da vacina. “Pelo tamanho desse público-alvo, nós esperamos que entre 7 a 10 mil pessoas já recebam a dose nesses primeiros dias. Por isso, vamos abrindo novas vagas conforme essa demanda”, ressalta.

CANCELAMENTO

O secretário ressalta que, apesar da alta procura, muitas pessoas agendam e não comparecem para receber a vacina. “Dentro do site da Prefeitura de Londrina, na aba de agendamento, tem um botão para fazer o cancelamento. É muito fácil e simples, então se a pessoa não consegue ir, a orientação é que ela cancele o agendamento, já que isso vai permitir que a vaga volte para o sistema, dando a oportunidade para que outra pessoa seja vacinada”, orienta Felipe Machado.

Apesar do movimento intenso e de filas em certos momentos, entre a conferência dos dados e a aplicação da vacina, ninguém esperava mais do que cinco minutos. De acordo com uma das funcionárias da UBS da Vila Brasil, quem agendou “está comparecendo em peso” para receber a dose bivalente.

'TEM QUE TER MEDO DA DOENÇA'

Gleitom Lima, 56, já tomou todas as doses anteriores da vacina e ressaltou que o imunizante tirou a cidade de um cenário pandêmico. Cláudia Pavaneli, 50, conta que contraiu a Covid-19 após ter recebido o segundo reforço (quarta dose). "Mas foi muito mais tranquilo do que se eu não tivesse tomado”, ressalta.

Segundo ela, o medo não é justificativa para que as pessoas deixem de tomar a vacina. “A gente tem que ter medo da doença, não da vacina. As pessoas precisam acreditar na ciência e buscar informações em fontes seguras”, afirma Pavaneli.

Suzany Tsuru, 24, também foi até a UBS da Vila Brasil para receber a vacina, que reconhece ser muito importante. Segundo ela, sem o imunizante, muito mais pessoas poderiam ter morrido. “Um tio meu faleceu sem ter tido a oportunidade de tomar a segunda dose, então, na nossa família, sempre que a gente tiver a oportunidade de se vacinar, a gente vai se vacinar”, afirma.

Imagem ilustrativa da imagem População movimenta UBS em Londrina para receber vacina bivalente
| Foto: Jéssica Sabbadini

Rinaldo Benedito Conceição, 52, afirma que nunca “pegou a Covid”, mas que se contraiu, a vacina fez com que ele não tivesse sintoma algum. “Não custa nada a gente tomar”, destaca. Ressaltando que tem medo da ‘agulhada’, ele garante que a eficácia da vacina compensa o medo: “toda a vida a gente tomou vacina”.