Altura máxima dos veículos que podem passar pela estrutura é 5,3 metros
Altura máxima dos veículos que podem passar pela estrutura é 5,3 metros | Foto: Pedro Marconi - Grupo Folha

Rolândia - Desde a semana passada, ciclistas, pedestres e, principalmente, motoristas podem usar a trincheira de transposição da linha férrea no centro de Rolândia (Região Metropolitana de Londrina). A obra permite o fluxo no entroncamento das avenidas Castro Alves, Presidente Vargas e Ayrton Rodrigues Alves e rua Miguel Liogi, com a ferrovia passando por cima, não impedindo os deslocamentos, como era antes.

Para os moradores da cidade, a intervenção era muito esperada e classificada como extremamente necessária para eliminar um dos maiores problemas viários da área central. “Ficou bom. Há muito tempo cobrávamos por uma medida para evitar o caos no trânsito que formava nessa região. A fila de veículos era diária e longa”, destacou o autônomo João Aparecido.

O trabalho teve início no primeiro semestre de 2018 e a data inicial para finalização, que seria agosto do ano passado, não se cumpriu, com a empresa responsável pedindo mais prazo. O custo total, entre obra e desapropriações, foi de aproximadamente R$ 11 milhões, recurso proveniente do Governo Federal, por meio do DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes).

CAUTELA

Uma preocupação que continua é quanto o fluxo de grandes caminhões pela nova estrutura. Placas alertam que a altura máxima comportada é de 5,3 metros. “Caminhão muito alto ou até grande pode ficar preso ou bater nas laterais, em especial quem desce no sentido à avenida Ailton Rodrigues Alves. Tomara que não aconteça acidentes, mas é perigoso”, opinou o estudante Diego Lopes.

No decorrer da construção, o DNIT fez algumas alterações em relação ao projeto inicial por conta do risco de veículos de grande porte ficarem “entalados” na curva da trincheira. Um teste chegou a ser feito em setembro. Na época, um caminhão baú com cerca de 12 metros de extensão não conseguiu usar a transposição, invadindo a calçada. Os serviços adicionais para adequação foram orçados em R$ 150 mil, o que também fez com que a entrega fosse adiada.

Apesar da liberação recente, muitas pessoas ainda desconheciam a obra e foram conferir de perto como ficou, a exemplo do casal Leopoldo e Vânia Pacheco. “Demorou, mas saiu, o que é mais importante. A via é um pouco estreita, porém, acreditamos que vai trazer mais benfeitoria do que dor de cabeça. Rolândia cresceu muito e parar por conta do trem é algo inimaginável, ainda mais aqui”, elencaram.

“Pedimos cautela, porque é bastante fechada. Respeitem a sinalização e a velocidade. Isso não é para velocidade, mas para desviar o tráfego para comodidade e conforto da população. Deveremos sincronizar os sinaleiros (que ficam na entrada da trincheira). No início é tumultuado, mas com paciência e tranquilidade vai funcionar bem”, orientou o prefeito Ailton Maistro, em material divulgado pela prefeitura.

PÁTIO DE MANOBRAS

Esta é a segunda ação na parte ferroviária do município promovida pelo DNIT. Anteriormente, em 2018, o pátio de manobras foi transferido para área externa ao centro, com mais de 1,5 quilômetro de extensão. Até então, a cidade era dividida praticamente ao meio pela circulação diária de três composições de trens, provocando até o isolamento de serviços emergenciais, como ambulâncias. Rolândia abriga o encontro das malhas rodoviárias de conexão entre as regiões Sul e Centro-Oeste do País com o oeste de São Paulo.

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