Foz do Iguaçu - Cinco policiais rodoviários federais foram presos pela Polícia Federal (PF) de Foz do Iguaçu, acusados de extorquir dinheiro de um casal que transportava mercadoria contrabandeada do Paraguai. O comando da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Foz contestou a acusação, argumentando que no momento em que os agentes foram detidos, eles estariam preenchendo o boletim da prisão dos sacoleiros.

A prisão ocorreu por volta das 18 horas de anteontem no Posto da PRF em Santa Terezinha de Itaipu (25 quilômetros a nordeste de Foz). Um casal, cujos nomes não foram divulgados, estava levando computadores e aparelhos eletrônicos no Monza vermelho, placa IEH-9487, quando foram abordados pelos policiais rodoviários C.A.B.D., 53 anos, W.E.F., 50, V.Z., 56, J.A.L., 51, e S.C.F.S., 36 anos. Em uma nota oficial da PF, consta que eles teriam pedido US$ 2 mil para liberar a mercadoria e ajudar o casal a passar sem problemas no Posto de Fiscalização da Receita Federal de Medianeira, localizado 45 quilômetros adiante.

Uma das vítimas teria sido liberada para tentar arranjar o dinheiro. Em vez disso, ela teria ligado à Central da PF em Foz. Por volta das 20 horas, policiais federais apreenderam o veículo com o contrabando e também o Passat do soldado, onde estariam alguns dos produtos comprados pelo casal em Ciudad del Este.

O chefe do Setor Operacional da PRF em Foz do Iguaçu, Marcos Malma, deu outra versão para o caso. Ele disse que ao prender o casal, seus subordinados encontraram o canhoto de um guarda-volumes localizado na Rodoviária de Foz do Iguaçu. ‘‘Segundo as informações que recebi do grupo, eles foram até o local e encontraram mais mercadoria ilegal. Quando voltaram ao Posto para registrar a ocorrência e avaliar os equipamentos, foram presos’’, contou.

Malma explicou ainda que seria impossível todos os policiais estarem envolvidos no caso, pois alguns deles estavam atendendo o chamado de um acidente na cidade vizinha de São Miguel do Iguaçu na hora em que ocorreu a apreensão. ‘‘Estamos aguardando um comunicado oficial da Polícia Federal. Se for comprovado desvio de conduta, os culpados serão punidos’’, afirmou. O delegado-chefe da PF, Eudes Carneiro, não retornou os recados deixados por telefone pela Folha.