O delegado de Trânsito, Edgard Soriani, pretende concluir até esta sexta-feira (6) o inquérito da morte do policial militar Douglas Yamada, 27 anos, após um acidente de trânsito na rua Benjamin Franklin, próximo ao jardim Tókio, zona oeste de Londrina, no dia 24 de fevereiro deste ano. O soldado do 5º Batalhão pilotava uma moto da corporação quando foi atingido por um carro que saía de um condomínio residencial. Com a batida, o jovem foi arremessado alguns metros. Morreu dentro da ambulância do Siate por causa dos graves ferimentos.

Imagem ilustrativa da imagem Polícia vai indiciar motorista envolvida em acidente que matou PM em Londrina
| Foto: Reprodução/Facebook

Soriani recebeu nesta semana a resposta do Instituto de Criminalística sobre a perícia feita nas imagens registradas por uma câmera de segurança da rua. A Polícia Civil tinha a expectativa de saber a velocidade aproximada do motociclista, o que não foi possível detectar no laudo pericial. "Mesmo assim, entendo que a mulher foi imprudente ao entrar na via. Apesar da velocidade do policial, que possivelmente era alta, faltou cautela. Por isso, ela será indiciada por homicídio culposo, ou seja, quando não há intenção de matar", comentou.

Durante as investigações, a condutora disse em depoimento que prestou atenção no movimento, o que não convenceu o delegado. "As imagens mostram o contrário. Ela cruzou a preferencial da motocicleta. Mesmo com alguns veículos parados, deveria ser ainda mais atenta, mas esse fato não foi observado". O inquérito será encaminhado para o Ministério Público, que pode ou não oferecer denúncia. A mulher responde em liberdade.

OUTRO LADO

A defesa da motorista contesta o entendimento da polícia. Segundo o advogado Walter Bittar, sua cliente "usou de toda a cautela possível. As filmagens são cristalinas. Ela inclusive parou o carro antes da conversão, justamente porque vinha um veículo na direção contrária. Quando iniciou o trajeto, foi surpreendida pela moto da vítima, que vinha em velocidade absurda. Cálculos preliminares apontam para uma velocidade da moto acima de 100km/h em uma via urbana".

Bittar sustenta que indiciar a motorista por imprudência "é querer transferir a responsabilidade de uma sinalização mal feita e de quem estacionou o carro em local proibido e, impedindo a visão possível, retirou qualquer possibilidade de ação em tempo hábil".

MUDANÇAS

No final de abril, dois meses após o acidente, a CMTU (Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização) fez adequações na Benjamin Franklin. Os funcionários do órgão reforçaram a sinalização, instalaram redutores de velocidade e proibiram o estacionamento de veículos do lado de quem sai e entra nos condomínios e prédios.

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