Curitiba - A Polícia Civil do Paraná investiga a morte de uma mulher de 39 anos, cujo corpo foi encontrado no porta-malas do seu carro na última quarta-feira (16), em Curitiba. Michelle Caroline Chinol trabalhava como motorista de Uber e praticava artes marciais.

Imagem ilustrativa da imagem Polícia investiga morte de motorista de aplicativo em Curitiba
| Foto: Fábio Dias/ E-PR

O cadáver foi encontrado por agentes da Guarda Municipal da capital, que perceberam um cheiro forte exalando do veículo. O carro havia sido guinchado por estar em situação irregular no dia anterior, terça-feira (15), numa rua do bairro Ganchinho, na zona sul da cidade, e levado para o pátio da Secretaria Municipal de Transportes.

Após um chaveiro ter sido chamado para abrir o carro, os agentes encontraram o corpo da mulher e acionaram a Polícia Civil, que passou a investigar o caso e a realizar diligências para esclarecer o fato.

"A princípio não foi possível visualizar marcas de lesões, apenas um corte profundo na região do pulso. Não houve indícios de que a vítima estaria envolvida em condutas criminosas, e ainda não se sabe ao certo o que motivou o ataque", afirmou a polícia, em nota.

Michelle lutava artes marciais como jiu jitsu e muay thai. Praticava também capoeira e curso de tiro. Seu apelido no tatame era Gasparzynha, mesma alcunha que ela usava também nas redes sociais.

"Ela gostava muito de treinar e fazia amizade fácil com qualquer pessoa, além de ter uma comunicação legal com todos os alunos. Só tinham elogios para ela", diz o professor de artes marciais Angelo Tilapa, que dá aulas na academia que era frequentada por Michelle.

Poliana Foski, amiga de Michelle desde 2019, contou à reportagem que a vítima não tinha nenhum relacionamento sério, mas que estava se relacionando com alguém de uma das academias de luta que ela frequentava. "Essa pessoa não queria nada sério com ela, mas tinha bastante ciúmes dela com outras pessoas", disse.

SONHO DE MORAR NA ITÁLIA

O sonho de Michelle sempre foi morar na Itália, país no qual já tinha passado uma temporada. "Ela tinha voltado para o Brasil para poder arrumar os documentos que precisava para permanecer lá, e juntar dinheiro também", explicou Poliana.

Em nota, a Uber afirmou que está à disposição das autoridades e que Michelle "era cadastrada para atuar como motorista parceira, mas, pelas informações apresentadas, o caso não teria ocorrido durante viagem com o aplicativo. Portanto, sem relação com a plataforma da Uber".

"Traz enorme tristeza à Uber que cidadãos que desejam apenas gerar renda ou se deslocar sejam vítimas da violência que permeia nossa sociedade. Compartilhamos nossos sentimentos com a família neste momento tão difícil", completou a empresa.

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