Polícia Florestal atendeu
1.769 ocorrências em 99
O chefe da Seção de Planejamento do Batalhão de Polícia Florestal (BPF), tenente Luiz de Hávila Júnior, aceita as críticas da diretora de desenvolvimento da SPVS, Cláudia Belfot, e até admite que elas possam fazer com que os policiais florestais ‘‘não se acomodem’’. Mas ele não concorda que falta ‘‘mais rigor’’ nas fiscalizações. ‘‘Nos locais onde sabemos ser frequente o tráfico de animais silvestres temos feito mais blitze e conseguido aumentar o número de apreensões’’, assegura.
Segundo Hávila, isto pode ser comprovado pelas estatísticas do BPF (veja quadro). Em 98 foram atendidas pelo Batalhão 1.453 ocorrências envolvendo a fauna paranaense e, no ano passado, 1.769. ‘‘Os ambientalistas se prendem aos números para embasar suas críticas. Acabam não levando em consideração todo o árduo trabalho realizado para destruir uma única armadilha para capturar uma capivara, por exemplo.’’
Ele diz que as pessoas envolvidas no comércio ilegal de animais silvestres estão sempre inovando os métodos de obtenção e comercialização dos animais. ‘‘A maioria das apreenssões é feita graças às denúncias anônimas. Infelizmente, o dinheiro do tráfico é mais atraente do que nossas constantes orientações às populações ribeirinhas (principais fornecedoras de animais, segundo o policial)’’, lamenta.
O policial informa que, em 99, as espécies mais comuns de aves apreendidas nos 13 postos do BPF do litoral e nos 14 do interior foram as de azulão, canário-terra, coleirinha, curió, papagaio, pintassilgo, saíra, tiriva e trinca-ferro. Capivaras, cotias, pacas, porcos-do-mato e veados eram a maioria dos animais apreendidos. (R.B.N.)