A Polícia Civil de Londrina começou a utilizar um sistema biométrico digital para identificação de pessoas. Com a modernização, os investigadores, escrivães e papiloscopistas podem confrontar, de forma imediata, as digitais de qualquer indivíduo levado à delegacia, com o banco de dados do Instituto de Identificação do Paraná.

Imagem ilustrativa da imagem Polícia Civil em Londrina usa método digital para identificação de pessoas
| Foto: Micaela Orikasa - Grupo FOLHA

"Esse novo sistema será bastante utilizado para verificar a identidade das pessoas que são presas. Temos aqui na Central de Flagrantes cerca de 10 autuações a cada dia e, seguramente, essa será a maior demanda. Mas o sistema também nos fornecerá os dados para identificação de cadáveres, autores de crimes, pessoas com mandados de prisão em aberto e desaparecidos", comenta o delegado-chefe da 10ª SDP (Subdivisão Policial) de Londrina, Amarantino Ribeiro Neto.

O maior ganho da Polícia será na celeridade dos processos diários, pois de acordo com Fabrício Marques, da Sessão Regional de Identificação, o confronto dos dados era feito manualmente. "As digitais dos suspeitos eram coletadas com tinta e impressas no papel para serem enviadas para Curitiba. Todo esse trâmite demorava, em média, cerca de um mês", diz. Atualmente, o banco de dados do Instituto de Identificação do Paraná está com 16 milhões (90%) de registros digitalizados.

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FALSA IDENTIDADE

O Sistema Biométrico Digital de Verificação de Identidade começou a ser testado na Operação Verão de 2019, com o objetivo de ser implantado em todo o Estado. Por enquanto, o método está em funcionamento apenas em Curitiba, Londrina e Maringá (Noroeste). "Isso traz uma maior confiabilidade e segurança no trabalho da Polícia Civil, pois uma prática comum é a pessoa nos fornecer a identidade de terceiros ou um irmão, ou outro parente, pois ele normalmente domina os dados da família", afirma Ribeiro Neto.

O delegado-titular da Central de Flagrantes, William Soares, lembra que um inquérito com nome errado gera uma série de transtornos. "A celeridade é realmente o ponto relevante desse novo sistema, evitando que, eventualmente, seja expedido um mandado de prisão com nome errado", destaca. A penalidade por crime de falsa identidade é de três meses a um ano de prisão.

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