Droga foi queimada em fornalha de empresa na região de Londrina
Droga foi queimada em fornalha de empresa na região de Londrina | Foto: Pedro Marconi - Grupo Folha

Sob um calor de mil graus celsius, os tabletes de maconha foram sendo jogados na fornalha, junto com dezenas de porções de cocaína e pedras de crack. c). O comboio saiu da 2ª Subdivisão Policial, na avenida Santos Dumont, e com forte esquema de segurança foi até uma empresa na região metropolitana.

“A Polícia Civil, num procedimento formal previsto na lei de drogas, representa ao poder judiciário para que a droga apreendida possa ser incinerada. Uma vez autorizado, marcamos uma operação com toda segurança para que possamos levar ao local em que vai ser incinerada. Uma vez que apreensões são feitas, são trazidas para a delegacia e o delegado instaura o inquérito”, explicou Amarantino Ribeiro, delegado-chefe da 10ª Subdivisão Policial de Londrina.

O montante superior a mais de uma tonelada corresponde apenas a quatro inquéritos, abertos nos últimos 50 dias. “Drogas apreendidas por todas as forças de segurança que atuam na região de Londrina: GM (Guarda Municipal), PM (Polícia Militar) e os trabalhos da Polícia Civil”, destacou.

A maior parte da droga reduzida a cinzas foi maconha, principalmente de uma apreensão feita em 11 de fevereiro. Nesta ocorrência, a Polícia Militar encontrou pouco mais de uma tonelada da erva escondida numa carga de farinha de trigo, junto com um fuzil e munições. O caminhão saiu do Oeste do Estado e iria até Minas Gerais. O motorista de 46 anos foi preso em flagrante, com a detenção sendo mantida pelo TJ (Tribunal de Justiça).

A incineração foi acompanhada na empresa que cedeu a fornalha por servidores da Sesa (Secretaria de Estado da Saúde). “Em toda incineração fazemos serviço de avaliar os lotes que foram liberados para queimar, a quantidade e, principalmente, a destinação correta. Há alguns fornos que não dão conta se o volume for muito grande. Isso pode gerar sobra de resíduo e interessar a alguém. Nesse caso certificamos que foi 100% destruído e da forma adequada”, apontou Maurício Nunes, veterinário da 17ª Regional de Saúde.

RETIRANDO DE CIRCULAÇÃO

De acordo com Amarantino Ribeiro, este tipo de atividade é comum e também serve para resguardar o local onde este material fica guardado depois de retirado de circulação. A queima anterior aconteceu no final do ano passado, somando cerca de três toneladas de drogas. “É importante a população ver que este material ilícito gera um prejuízo significativo para as organizações criminosas. A queima dessa droga é emblemática. Este ilícito não tem condição alguma de ser comercializado e não tem nenhuma utilidade”, frisou.